Você se foi e partiu meu coração

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Senti algo gélido tocar meu rosto. A palma da minha mão fez contato no que eu estava deitada e senti terra e grama gelada, abri os olhos com dificuldade por ter passado a noite no frio, eu estava congelada. Senti minha coordenação voltando rápido, o calor o meu sangue derretera qualquer vestígio de dormência. Olhei para o lado e vi um animal morto, com a cabeça desmembrada do corpo e senti repulsa de mim mesmo. Eu não ia me tornar um vampiro ridículo, não e isso que e sou. A repulsa fiou maior, ate tomar conta do meu estomago, e depois minha garganta queimar jogando tudo pra fora. Nojento. Limpei minha boca e me arrastei um pouco para longe. Olhei ao redor e em meio as arvores petrificada vi um par e pernas, e sabia que aquilo não era um bom sinal. Olhei para cima com dificuldade. Dizendo a mim mesma que agora seria uma boa hora para isso também ser um sonho. Finalmente fixei meu olhar em algo, uma estrela dourada. O que significava alguém da policia.

- Levante – se. – ele disse com seriedade e autoridade.

Me levantei.

- Quer me explicar o que ouve? - ele apoiou a mão parcialmente sobre o cinto grosso com apetrechos.

Olhei para o animal, e depois para ele. Olhei no fundo o se olhos. – Não e nada. – tentei induzi - ló.

- Claro que e.

Não havia dado certo! Como não? Será que ele era imune ou ago assim?

Ele colocou a mão em cima a arma demonstrando autoridade, tirou os óculos e percebi o quão bonito seus olhos eram, nem mereciam ficar no meio de tanta ruga de preocupação.

- Eu... Não me lembro. – cocei a cabeça.

- Do que se lembra? - ele deu um passo em minha direção, me analisando.

Vasculhei minha mente.

- Eu estava no bar Neon, e aconteceu uma briga. – fiz uma pausa deixando os lábios entre aberto me lembrando quando a bala me acertou e levei os dedos ate lá por impulso.

- Esta ferida?

- Não. – tirei a mão depressa.

- E depois?

- Depois... Alguém me puxou pra fora e eu me lembro de ver corrido pra cá...

- Arrancado a cabeça do animal e se alimentado? – supôs ele.

Engoli a seco, sentindo o gosto de sangue ainda na boca.

- O que acha que eu sou? – perguntei na defensiva.

- Não sei, como policial já vi muitas coisa mais nada assim, achei que poderia me dizer.

- An... – vasculhei minha mente mais uma vez para uma válvula de escape. – Talvez os caras vieram atrás de mim e me forçaram a comer aquilo.

- Por que fariam isso?

- Por que... – droga. – eu não me lembro.

Ele serrou os olhos, lhe dando mais uma ruga. – Talvez se lembre com alguns dias na prisão. – as voz soou como um soco gelado.

Eu só pensava em uma cosia para me safar aquilo. Mata – ló. Mais ao pensar nisso, pensei em toda conseqüência, de ser procurada por todo estado, e fugir mais uma vez, e transforma a vida do meu irmão num inferno.

Me virei e senti as algemas geladas, como ácidos que cortavam minha pele. Agradeci por não serem de prata, do contrário realmente estariam cortando minha pele.

Depois de passar por corredores frios, com homens grosseiros, robustos e esquizofrênicos que gritavam coisas selvagens cheguei a uma pequena cela, estreita, uma cama pequena apertada contra a parede e com cheiro de cinzas. Olhei para o policial com desdém. Eu nem precisaria passar por aquilo, se aquele idiota não tivesse algum problema – ou sorte - em ser hipnotizado.

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