Capítulo 145 - Surra

153 20 5
                                    

Betinha sentou em cima da barriga de Anja e PA! PA! PA! PA! PA! Intercalava vários tapas muito fortes nas duas bochechas dela com a palma e as costas de sua mão.

Debaixo de Betinha, apanhando muito, Anja se sacudia, gritava.

- LOUCA! FEDORENTA! Pensa o quê?! – PA! PA! PA! Anja ainda tentava gritar as ofensas para Betinha enquanto levava os fortes tapas sem parar em seu rosto. – Está vivendo no luxo, mas ainda é pobre! Porque a tua pobreza vem de dentro, a pobreza está entranhada aí dentro de você. POBRE! LIXUDA! FAVELADA!

PA! PA! PA! PA! PA!

Quando a mão direita de Betinha cansou de tanto bater e Anja já tinha a linha de sangue escapando do seu nariz, ela fez aquela pausa, breves segundos que Anja aproveitou para cuspir contra Betinha e abocanhou a coxa dela, mordeu com força. Com a força da mordida em sua coxa, Betinha foi obrigada a sair de cima Anja.

Anja então correu até a porta, ainda puxou a maçaneta, mas Betinha correu até ela, segurou Anja pelo seu cabelo loiro e comprido. Levando-a pelo cabelo, Betinha levou Anja até a mesinha no canto coberta de taças e garrafas de vidro e CLACK! CLACK! CLACK! CLACK! CLACK! Foi arrastando a cabeça de Anja sobre a mesa, contra as taças e garrafas, quebrando tudo. Ao terminar, Betinha jogou Anja longe mais uma vez e sentou sobre ela mais uma vez.

PA! PA! PA! PA! PA! PA! PA! Betinha enchia o rosto dela com os tapas fortes agora usando de sua mão esquerda.

- SOCORRO! LOUCA! SOCORRO! – Anja gritava e de repente, em meio aos tapas que não paravam acabou engasgando, tossindo, cuspiu dois dentes.

- E cala a boca! – PA! -Cala a boca, porque você – PA! – está aqui – PA! – não é pra falar – PA! – é pra apanhar! – PA! PA! PA!

Ouvindo os gritos de raiva e de dor de Anja, Dalton enfiou a cópia da chave na porta, mas Jocler segurou o seu braço, o impediu de abrir.

- Mas a Betinha vai...

- Deixa! – Jocler mandou. – A assassina aqui não é a Betinha, é a Anja. A Betinha não vai matar a Anja, ela só está dando o que ela merece, então DEIXA!

Esgotada de tanto bater, Betinha finalmente saiu de cima de Anja, que agora estava desmaiada depois de tanto apanhar. Betinha finalmente pegou a chave em seu bolso, destrancou a porta dupla do salão. Saiu chorando e abraçou Dalton e Jocler ao mesmo tempo, mas chorava pela sua mãe. Os três saíram para o jardim. Anja ficou deitada ali. Os dois olhos tão roxos, tão inchados, o nariz quebrado, costelas lesionadas e agora ela abriu os olhos com dificuldade, cuspiu mais um dente, porque apenas fingiu que tinha desmaiado. Anja tentou se levantar, mas o seu corpo inteiro estava tão dolorido pela surra que inicialmente ela não conseguiu. Assim, ela se arrastou para fora do salão sem que ninguém visse. Anja subiu a escadaria da mansão engatinhando e gemendo de dor a cada degrau. Logo ela foi parar dentro do quarto da bebê Sabrina.

- Olá lindinha – Anja disse se apoiando toda dolorida na grade do berço para ver a bebê lá dentro.

Já era quase meia-noite e Malvin já havia ligado inúmeras vezes para o celular de Anja, tão preocupado com ela, sem nenhum resultado. Ele então foi até a portaria do condomínio de mansões onde ele vivia com Anja. Perguntou ao senhor porteiro por ela.

- Olha, a dona Anja saiu faz só um par de horas e saiu dizendo que ia pra mansão de um tal de Dalton. Eu até estranhei a dona Anja ter dito para onde ia, porque ela nunca diz, mas acho que só disse dessa vez porque estava bebendo vodka, daí...

- E o senhor deixou a minha esposa sair daqui desse jeito?! – Malvin brigou.

Ele correu até ao seu carro e dirigiu o mais rápido que pôde até a mansão de Dalton e Betinha, até Anja.

Anja tirou a bebê Sabrina de dentro do berço. Ela não poderia sair pela porta da frente lá embaixo, então com a bebê no colo ela só subiu e subiu mais, até que foi parar no telhado da mansão tão alta. Agora estava pisando de forma tão perigosa à beira do telhado, no ponto mais alto da mansão, carregando a bebê, procurando por uma saída.

 Agora estava pisando de forma tão perigosa à beira do telhado, no ponto mais alto da mansão, carregando a bebê, procurando por uma saída

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A bebê Sabrina.

A mansão de Dalton e Betinha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A mansão de Dalton e Betinha. A seta indica o ponto onde Anja ficou de pé, perigosamente à beira, com a bebê Sabrina em seus braços.


> > > Continua . . . 


Os Corações Sobreviventes - Capítulo 001 a 200Onde histórias criam vida. Descubra agora