Capítulo 197 - Chocante (ÚLTIMAS SEMANAS)

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O advogado Judá agiu rápido. Ele pegou o revólver escondido em sua cintura e apontou para Carla agora. Todos os polícias miravam as suas armas contra Carla agora.

— Larga a Tábata, Carla! Não está vendo que é fim de linha pra você? – Judá a questionou.

— Nunca! Eu não vou me render NUNCA! Vocês estão me ouvindo? E se é pra eu ir para o inferno... Eu arrasto essa piranhona aqui para o inferno junto comigo!

— Louca... – Tábata disse com dificuldade enquanto o seu pescoço era pressionado pelo braço de Carla que a imobilizava.

— Nós somos muitos aqui contra você. Você é apenas uma. É melhor se render de uma vez – disse um policial.

— Pois é melhor que sejam mesmo muito bons de tiro, porque antes que me matem, eu explodo a cara de um monte de gente aqui nesse corredor.

— Talvez nós possamos negociar – disse outro policial.

— Vão negociar na casa do cara---

POW!

Antes que Carla pudesse terminar de esbravejar as suas ofensas, Judá, corajosamente se adiantou e atirou certeiro no braço de Carla. Ela caiu para trás, Tábata correu para o abraço protetor de Judá e todos os policiais pularam sobre a baleada Carla, a algemaram, a levaram para a prisão.

Naquela bonita manhã de sol e céu de cor anil sem nuvens, Lorenzo estava sentado à mesinha de uma lanchonete, ao ar livre, bem na esquina. Enquanto ele tomava um suco natural de cupuaçu, ao mesmo tempo dava a mamadeira para Pietro Enzo e balançava levemente a cestinha onde ele repousava sobre a cadeira bem ao seu lado. Lorenzo também via a TV no alto, via a notícia urgente sobre a prisão da assassina em série Carla que acabava de acontecer no hotel Copacabana Palace que não ficava muito distante dali onde ele estava, viu Tábata dando entrevista e falando sobre o apuro que passou tendo sido tomada como refém.

— Meu Deus. É a Tábata. Ela podia ter morrido. Nossa! – Lorenzo falou sozinho então.

Foi nesse instante quando o bebê Pietro Enzo chutou para fora da cestinha onde estava deitado o seu chocalho. Uma bonita mulher que passava ali na hora se apressou em recolher o brinquedo e entregou a Lorenzo.

— Obrigado.

— Nossa, ele é o seu filho? Mas como é fofinhoooo – a mulher logo se derreteu de amor pelo bebê.

— É sim. O nome dele é Pietro Enzo.

— Que nome lindo. E você cuida dele sozinho? – agora a mulher estava muito encantada por Lorenzo ao saber que ele era um "pai solteiro".

Ela ainda conversou um tempo com ele e então partiu, mas rapidamente logo apareceu outra mulher.

— Eu posso me sentar aqui com você? Fazer companhia? – foi logo pedindo aquela outra.

— Claro.

— Como o seu bebê é lindo. E você cuida mesmo dele sozinho? Nossa, se você soubesse o quanto eu admiro os esforços de um pai solteiro...

E era assim. De repente, a visão de Lorenzo como um pai amoroso e responsável e sempre sozinho tomando conta de seu lindo bebê havia o transformado no homem perfeito e irresistível no qual todas as mulheres ao redor estavam interessadas em fisgar.

Como sempre, Betinha acordou antes de Dalton. Ela passou em frente ao quarto da menina Cincinata e viu que ela dormia tranquilamente, passou depois em frente ao quarto de sua filha Sabrina e viu que ela também dormia ainda, a fazendo entender assim que ela realmente era sempre a primeira a acordar naquela casa (costume ainda derivado de muitos e muitos anos tendo que madrugar para sair e vender vassouras pelas ruas). Betinha cruzou os seus braços e adentrou o quarto rosado de Sabrina. Ela aproveitou que a menina dormia profundamente para acariciar o rosto dela, o seu cabelo, então dar-lhe um beijo amoroso na bochecha, sentir o seu cheirinho e só ficar um tempo ali a observando dormir em paz. Era só enquanto Sabrina dormia que Betinha tinha a permissão para expressar todo o amor de mãe confinado e transbordando em seu interior.

Depois de todo o susto e momentos de pavor no hotel Copacabana Palace, Judá insistiu para levar Tábata para o seu apartamento para que ela descansasse um pouco, se recuperasse das memórias traumáticas de ter sido uma refém com um revólver apontado para a sua cabeça antes de voltar para onde ela morava e Tábata aceitou.

— Obrigada de verdade. Você salvou a minha vida. Aquela vaca-cachorra-vadia ia me matar sem nem piscar – Tábata agradeceu entrando no apartamento de Judá.

— Não precisa agradecer. Foi você quem salvou muitas e muitas vidas ao denunciar aquela mulher, porque se ela continuasse livre, só Deus sabe quantos homens mais ela ainda mataria só para roubar os bens de alto valor deles.

Tábata caminhava sem jeito, um tanto tímida pela sala então. Judá se colocou de pé a sua frente

— Sabe? Eu lembrei de você. É a esposa do tal agiota Geraldinho. Eu vi você lá nos fundos do casarão, junto com todos os outros, estava lá com a gente quando ele...

— Ex-esposa – Tábata o corrigiu. – Claro, porque a uma hora dessas o Geraldinho não passa de uma alma que está no céu, ou no inferno, o que parece mais apropriado para ele depois de tudo o que fez em vida.

— Nossa...

— O que foi? Chocado com as minhas palavras? Eu sempre fui uma mulher sincera e direta. E não esquenta não, porque é assim. A verdade geralmente é chocante mesmo.

— Você é corajosa, é forte – Judá disse e ficou muito próximo de Tábata então.

— Onde é que isso vai dar, hein?

— Eu seria o maior mentiroso do mundo se dissesse que não senti a menor atração que fosse por você.

E quando Judá segurou a cintura de Tábata, ela começou a empurrá-lo para longe dela com raiva.

— Vai se ferrar! Sai! Vai se ferrar – mas então ela parou, olhou bem para o rosto de Judá e pulou sobre ele, chupou o seu pescoço, rasgou a camisa social dele inteira com as suas compridas unhas vermelhas. – Me destrói! Me destrói!

 – Me destrói! Me destrói!

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O advogado Judá. Ele não resiste aos seus instintos gritantes e vai para a cama com Tábata.


> > > Continua . . .


Os Corações Sobreviventes - Capítulo 001 a 200Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz