Capítulo 30 - Epifania

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Na nave de transporte interestelar Stall

Gilga estava em um dos enormes alojamento de tropas da nave de transporte interestelar.

Os soldados dormiam em camas fixadas nas paredes, umas sobre as outras, como se fossem prateleiras de um enorme depósito.

Os soldados se prendiam nas camas com fivelas, para que não saíssem flutuando na micro gravidade.

O comunicador de Gilga toca. Era a notificação de uma mensagem de texto, a qual dizia:

- Está na hora.

Gilga hesitou por um minuto, precisava de algum tempo para criar coragem, depois que ele fizesse aquilo não haveria mais volta. Outra mensagem chegou:

- Está na hora, porra!

Gilga sai da cama, olha para os outros soldados, todos os outros trinta e nove dormiam.

Havia dez outros soldados na seção de entretenimento. Também havia dezenas de tripulantes e até algumas crianças a bordo.

Gilga foi flutuando pelos longos corredores, percorreu centenas de metros, até que chegou em uma das enormes seções de carga da nave. Ele achou o contêiner que procurava, ele era relativamente pequeno e estava marcado como " material científico-lote 39".

Ele digitou o código no painel da porta do contêiner e a mesma se abriu. Gilga olha para os lados e acende a sua lanterna.

Ele encontra os cilindros, o maçarico laser e a máscara de gás como o previsto. Porém também encontra uma sacola com diversos componentes eletrônicos, um deles grande, do tamanho de sua mão, e as dezenas de outros eram bem menores. Ele não imaginava para que serviriam aqueles aparelhos.

Gilga pega seu dispositivo de comunicação e envia a mensagem:

- Para que servem essas outras coisas eletrônicas? E onde você está? Quando vai aparecer?

- Estamos misturados com a tripulação, execute logo a sua parte, se você for descoberto vão te matar, a hora de ter dúvidas já passou. Vai logo seu merda.

Gilga põe tudo em mochilas que também estavam no contêiner. E descobre mais uma coisa em um canto, era uma pequena bolsa que estava atrás de um dos cilindro.

No interior da bolsa estava uma arma humana, daquelas pequenas, que eles usam em uma das botas. Também havia dois pentes de munição.

Nos últimos dias antes da partida, ele e os outros soldados haviam aprendido usar aquela arma. Foi mais por diversão e por não ter mais o que fazer.

Gilga sabia que a arma era primitiva, mas podia matar um Stall facilmente.

A arma e a munição extra são colocadas nos bolsos de sua túnica. Ele pega as mochilas e usa os pés para se impulsionar pela seção de carga. É um pouco difícil se movimentar carregando tanta coisa, em um ambiente com gravidade ele não conseguiria levar tudo aquilo, mas na gravidade zero ele flutuava cercado de grandes mochilas lotadas de material.

Ele vai se impulsionando nas alças das paredes. Até que chega ao local marcado no diagrama que recebeu em um arquivo anexo a uma mensagem do seu contato desconhecido.

O local era uma intersecção dos corredores. Ao bater em diversos pontos da parede e analisar o eco ele encontra o duto de ventilação. Ele pegou o maçarico laser e começa a cortar a chapa. Um círculo de apenas doze centímetros era suficiente, mas a chapa não era muito fina e ele leva mais de meia hora para concluir o trabalho. Ele ajeita a arma no bolso, a deixa pronta para o uso, se alguém aparecesse ali ele teria que fazer uso dela

O Deus TuloWhere stories live. Discover now