Capítulo 39 - Janela de Lançamento

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No Planeta Mater

Pelo campo com vegetação rasteira Carlos e seus companheiros avançam. Eles não olhavam para cima, mas tinham a certeza que havia aeronaves de Aline os vigiando.

Ismael diz:

- Já estamos andando há horas, será que a gente encontra uma cerveja por aí?

Esther diz enquanto aponta para uma direção:

- Olhem, um veículo está vindo.
O barulho de motores elétricos foi aumentando, enquanto o veículo sobre quatro rodas se aproximava. Ele era grande, fechado e sem nenhuma janela, parecia ter sido feito para levar carga.

O veículo parou em frente ao grupo, uma grande porta corrediça se abre. E os alto falantes do veículo entram em funcionamento.

- Entrem logo porra! Estão esperando um convite formal. – disse Dora.

- Vamos. – disse Carlos.

O veículo não tinha bancos e o interior estava sujo de terra. Assim que eles entraram a porta se fechou e o veículo saiu em alta velocidade.

Carlos começou a falar claramente receoso:

- Dora, acho que temos que falar uma coisa, só queria que você soubesse que a Aline está tramando alguma coisa, mas a gente n...

- Cala a boca Carlos e presta atenção. Daqui a pouco o veículo vai passar em uma trilha no meio de um bosque, e ficar por alguns segundos fora da vista da aeronave. Você deve aproveitar essa oportunidade e jogar a bomba de antimatéria pela abertura no assoalho do veículo. – disse Dora.

A uma portinhola no chão do veículo se abriu e Carlos diz:

- Bomba de antimatéria? Dora?

- A porra do objeto esférico, não se faça de burro Carlos, você sabe que aquele treco não é um rastreador. – disse Dora.

- Mas eu ia falar, avisar, você sabe...

- Tá bom, agora se prepara. – disse Dora.

Juliana pega o objeto e passa para Carlos, que se posiciona próximo a abertura. Dora fala:

- Carlos, na minha contagem, 5, 4, 3, 2, 1, joga!

Depois de alguns segundos Dora fala de novo:

- Conseguimos, a aeronave não viu a bomba ser lançada e vai acreditar que ela ainda está no veículo.

- Dora, como você sab...

Dora novamente interrompe Carlos e fala:

- A Nina discretamente chegou perto de um dos meus autômatos. Ela mostrou um cartão de memória e depois colocou o mesmo no chão e foi embora.

Eu mandei o autômato pegar o cartão e ler o conteúdo do mesmo.

---x—

Um pouco antes naquele dia.

Da pequena barraca próxima da ponta de uma trincheira vinham os sons do amor.

Lucas e Nina estavam de folga e resolveram colocar o sexo em dia.

Nina para, e acha que ouviu alguém chamando seu nome fora da barraca. Ela espera estar enganada, mas infelizmente não era o caso, a voz novamente chama por seu nome:

- Nina!

Então Lucas fala:

- Quem seria filha da puta o suficiente para interromper gente transando?

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