Capítulo III - Âmbar

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Eu amo o ar livre

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Eu amo o ar livre. É isso o que minha mãe sempre diz sobre mim.

Ela percebeu cedo, quando eu pedia para que ela e meu pai me levassem para passear na cidade sempre que o Sol estivesse reluzente o bastante e as cores das folhas chamavam minha atenção mais do que a nossa enorme televisão da sala de estar. Os nuances quentes me cativavam. 

Contudo, apesar de Manhattan estar pintada de laranja e dourado agora, eu não era capaz de apreciá-la completamente. Não quando a minha mente estava em milhões de lugares diferentes ao mesmo tempo. Eu pensava nele. Sobre o acordo, e sobre como ele sabia que eu não tinha outra escolha.

Pelo menos, eu consegui o que queria, e de jeito nenhum eu atravessarei aquelas grades de metal enferrujado de novo. Acabei devendo John uma ida a sua lanchonete favorita por conta do stress que eu o causei, e eu sabia que Kat estava com raiva de mim por tê-la arrastado para essa loucura. Mas como eu poderia saber que a mansão ganharia vida enquanto estávamos lá dentro?! Ele não disse isso. Ele nem sequer me avisou. Ele não me disse o que esperar.

— Depois que recuperá-lo, me encontre no local – ele houvera dito, obscurecido pela sombra – Eu estarei esperando você, e apenas você. Nós já discutimos sobre o que acontecerá caso se atrase.

— Não me importo com o que faça comigo – eu respondi a sua ameaça sem ao menos hesitar – Deixe minha família fora disso. Se você chegar perto deles, eu mesma te mato.

— Você é corajosa. Pessoas como você são interessantes – o tom dele mudara, algo quase imperceptível, porém seu rosto permanecera oculto detrás da cortina de escuridão – É uma pena que eles geralmente são os primeiros a morrer.

E com esse último aviso, ele desaparecera entre os prédios, em um beco tomado pelo breu, se tornando um só com as sombras do fim da tarde. Eu fui deixada sozinha. 

Com um prazo, e uma missão.

Ele sabia onde eu morava. Sabia quando Robert voltava do trabalho, e também sabia quais dias da semana Jenna ia para fora da cidade por causa de consultas marcadas com pacientes que não moravam na ilha. Eu não tinha outra opção a não ser concordar com os seus termos. Se eu dissesse uma única palavra para a polícia ou mencionasse isso para qualquer um, ele viria atrás de mim. Sem hesitar. Sem remorsos.

E mesmo que eu contasse a meu pai e aos outros oficiais de seu departamento sobre tudo isso, o que eu deveria dizer?! Eu sequer sei o nome desse homem, e também não sei como ele se parece. Não há nada que eu odeio mais do que a sensação de impotência. Eu estava literalmente desesperada. Eu estive desesperada durante esses últimos dias, mas fui boa em esconder. Eu não quero que Katherine e John se envolvam e se tornem alvos em potencial. Seria bom para todos nós se eles pudessem se esquecer do que aconteceu essa noite.

Respirando fundo, comecei a fazer meu caminho até o local combinado. Quando ele me disse onde esperava me encontrar, eu me senti confusa. Então, veio a raiva, porque, de alguma forma, eu tinha certeza de que estava ciente do quanto esse lugar significava para mim. O mosaico quente de tinturas laranjas e amarelas e o ríspido ar outonal que eu vim a conhecer e amar. Ele estava zombando de mim, desdourando as memórias que fiz aqui; quebradiças e a mercê das lufadas que levavam todas as folhas embora consigo. 

Luas de Diamante (Volume 1) [EM REVISÃO]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt