Capítulo XIV - Torrente

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O canto de Gwen foi ficando cada vez mais baixo

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O canto de Gwen foi ficando cada vez mais baixo.

Estávamos de volta a ponte Gapstow, cercados de patos nadando nas águas ao redor do terreno baixo. Amanda havia colocado o gorro de volta, e também pegara uma jaqueta emprestada do armário de Mark, depois que a outra se transformou em farrapos fumegantes. Ela levou a mão até o bolso da calça jeans para pegar outra goma de mascar, mas soltou um grunhido de frustração quando se deu conta de que comeu tudo.

— O que achou? – esta foi minha tentativa desajeitada de conversar.

— O que achei da minha experiência de quase morte? – subimos a elevação de grama até o nível da ponte – Foi a maior ação que já tive em anos.

— Sei que não deixei boas primeiras impressões ontem de manhã, mas...

— Obrigado por nos ajudar. Blá, blá, blá, eu já sei. E não, eu não tô irritada com você ou com aquela loira platinada por terem mentido sobre serem feiticeiros, ou por você por ter mentido sobre o truque de mente, ou por qualquer mentira que disse nas últimas vinte e quatro horas. Mentir é o que adolescentes fazem. Deve se orgulhar por ser um ótimo mentiroso, e não bancar o nerd orgulhoso e filhinho da mamãe que nunca matou aula ou tirou uma nota vermelha.

— Eu não sou nerd.

— Claro que é. Eu conheço um nerd quando vejo um.

— Quantos nerds já conheceu? - fiz questão de perguntar.

— Você – ela disse.

Circulamos a extensão do lago, seguindo o trajeto da Center Drive de volta para a cidade. O movimento dos carros era assustadoramente intenso para uma manhã de sábado. Aposto que a escola estará vazia.

Nós dois paramos no cruzamento, esperando o sinal abrir.

— Esse é o fim? – perguntei, minhas palavras acompanhadas pelos murmúrios de pedestres – Ou ainda vai voltar? Entendo se não continuar.

— Nas condições atuais, eu estou mais atrapalhando do que ajudando.

— Isso não é verdade. Você entende dessas... coisas. E se não fosse pelo seu bracelete ou o que quer que isso seja, não sei como Katherine teria voltado ao normal. Você é importante. Todos nós somos. E não é porque somos...

— Humanos? – ela completou o pensamento – Humanos sem magia?

— Não precisamos do fogo para sermos fortes. Podemos ter nossos defeitos, mas nós sabemos resistir.

Ela desviou o olhar do trânsito distante, virando a cabeça para mim.

— Foi por isso que me ligou ontem à noite? Lori deve ter encontrado meu número em algum lugar da ficha. Você por acaso achou que eu fosse capaz de ajudar no caso de Katherine depois daquela explosão? Você me considerou como uma opção?

Luas de Diamante (Volume 1) [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now