Luas de Diamante (Volume 1) [EM REVISÃO]

Capítulo XIII - Umbra

As sombras lutavam para adquirir controle.

Dentro dela, o brilho puro da lua tentava prevalecer em meio a tanta escuridão, mas era impossível. Uma feiticeira iniciante não conseguiria controlar a balança entre o bem e o mal que existe em todos nós.

Amanda esquivou de outra explosão, dando cambalhotas no espaço limitado do porão. Não estávamos em um ambiente propício a confrontos.
Brandi a lâmina, rebatendo uma rajada de fogo para a parede distante. O selo foi atingido, e percebi que ela resistiu a um espasmo de fraqueza.

— O que faremos agora? – perguntou Amanda, desesperada.

— Tentar quebrar a ligação! – me esforcei ao máximo para arquitetar um plano perfeito em minha mente – É a única forma de libertá-la.

Katherine riu, mas não com a sua voz. Ela estava rouca, e o som reverberava como as vozes do Rio Estige, as lamentações das profundezas. Ela avançou em minha direção, projetando filamentos ardentes de chamas, um tom intimidador entre azul marinho e roxo abissal. Eu não queria ter que lutar, mas era necessário. Defendi seu golpe com a parte plana da lâmina, girando o cabo para a outra extremidade riscar o chão. Apoiando a ponta da espada, saltei, aterrissando atrás deu seu campo de visão.

Aprendi essa técnica com Mark. É hora de pôr em prática.
Realizando um gesto, mais quatro espadas foram invocadas, rodopiando em órbitas invisíveis ao meu redor. Projetar armas não era algo fácil.

Expandi o campo, arremessando-as em uma trajetória retilínea até se chocarem com a lâmina original, fincando-se ao chão áspero a fim de formar uma parede. Katherine enfrentava as barreiras que a mantinham dentro da prisão. Aquilo não ia durar muito tempo. Tínhamos de agir.

Invoquei outra espada, e dessa vez, dei para Amanda. Atacamos juntos o selo, mas não adiantou. Se a conexão se manter por muito tempo, não tenho certeza se ainda será possível revertê-la. Já é difícil lidar com magia lunar sombria, e ainda existe o fato dela ser uma Avatar.

— Outro plano? – Amanda pulou para trás quando a prisão estilhaçou.

— Eu posso tentar aplicar uma carga direta de magia lunar para destruir o selo, mas o problema será me aproximar! – desviei de outro ataque.

— Você não vai fazer isso. Aquela coisa pode te controlar também.

— Tem uma ideia melhor? Estou aberto a opções.

Katherine não demonstrava hesitação em suas tentativas de nos atingir. Bolas de fogo eram lançadas contra nós, e eu tentava ao máximo despedaçá-las com as lâminas antes que o porão pegasse fogo. Não podíamos machucá-la. Neste momento, sua consciência estava desligada.

— Acha que sou fraca – ela apontou para Amanda, os dedos tremendo de ódio – Mas olhe para si mesma. É um rato humano tentando se encaixar em um mundo no qual não pertence. Você nunca vai ser como nós!