Capítulo XXI - Peçonha

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- Eu sabia que ele estava me traindo! Aquele idiota!

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- Eu sabia que ele estava me traindo! Aquele idiota!

A segunda mulher soltou um suspiro impaciente, aparentando cansaço.

- E quem foi que te avisou pelo menos oitenta vezes sobre ele?

- Eu precisava descobrir sozinha, Susan! - a primeira lhe repreendeu.

- Achou que eu não estava falando a verdade? - Susan perguntou.

- Uma mulher deve fazer justiça com as próprias mãos. E eu disse que faria, ou o meu nome não é Patricia Jade Honeystock. Ele teve o que merecia.

- Ele merecia ter um possível traumatismo craniano e quase quebrar oito ossos depois de ser empurrado do topo da escada da sua casa? - perguntou Susan - Sério?

- Não é minha culpa ele ter trocado essa belezura esculpida pelos anjos aqui por aquela baranga verruguenta da recepção. E o truque da escada, bem, eu vi uma mulher fazendo isso em uma novela - Patricia confessou.

Elas trocaram mais algumas farpas enquanto retocavam a maquiagem, e após longos minutos do que parecia ser uma conversa ensaiada beirando o nível do ridículo, as duas foram embora, graças ao bom Deus.

Bati na parede da cabine onde me encontrava três vezes, esperando o outro lado retribuir o sinal. Quando ouvi a resposta, nossas portas se abriram simultaneamente. O rosto exausto de Amanda gritava por socorro depois de ficar sentada em cima de um vaso sanitário por cinco horas esperando o horário de funcionamento do hospital chegar ao fim. Ela deve estar querendo dar descarga em mim. Eu sei que esse plano foi idiota.

- Desculpa - dei de ombros, ciente de seu estado - Era o único jeito.

- Você é maluca. Doida. Insana. Biruta. Louca. Desvairada. Desequi...

- Tá bom, eu já entendi - espiei os corredores lá fora por trás da porta do banheiro - As luzes já apagaram, e não vejo nenhum zelador. Devemos conseguir despistar os enfermeiros. Está pronta? Como nós combinamos.

Ela assentiu, fechando o zíper do casaco e escondendo o rosto com o capuz. Fiz o mesmo, exatamente como me disfarcei para entrar na delegacia ontem. Coloquei a cabeça para fora para checar o perímetro. Será impossível nos reconhecer pelas câmeras devido ao ambiente escuro.

Na ponta dos pés, corremos até a ala principal desse andar, onde a mesa da recepção se encontrava vazia. Amanda deu o sinal verde, e pulei a bancada de madeira. Ela permaneceu vigiando a extensão do corredor enquanto eu revirava as gavetas em busca de alguma chave. Encontrei um aro metálico que continha dezenas, nomeadas por etiquetas. A que garantia acesso para o necrotério era pequena, quase invisível entre as outras que eram no mínimo três vezes maiores. Ao lado do objeto, um cartão mestre no nome de algum enfermeiro que liberava o acesso ao elevador de serviço. Por precaução, guardei o passe no bolso enquanto nos esgueirávamos até onde as escadas ficavam. Amanda acendeu sua lanterna.

Luas de Diamante (Volume 1) [EM REVISÃO]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora