Capítulo 43

7.7K 788 56
                                    

Leonardo

Estou parado feito uma planta no meio da sala olhando  para o envelope na mão da Camila.

Fico nervoso porque pode  ser algo  referente a Bella e não  quero  que ela  descubra dessa forma.

Vou para perto da Camila e arranco o envelope  de suas mãos sem dar tempo dela articular algo. Subo as escadas correndo. Me tranco  no quarto e abro o envelope.

Respiro aliviado. É um  convite de aniversário de uma senhora  chamada Raquel Duarte. Não  sei quem é. Tem um bilhete anexado  ao convite.

" Nobre deputado, é com imensa satisfação  que o convido  para o aniversário  de minha sogra.  D. Raquel. Aguardo seu retorno  e não  aceito  uma resposta  negativa. Temos muito o que conversar."

                         Paulo Meira
                Prefeito de Saquarema

Então, um convite e eu fiquei nervoso daquele jeito. Mas de toda forma, melhor  a Camila  nem sonhar  com Saquarema.

Será aniversário  da avó  da Julia. Não  sei se é avó da Bella  também.  São  primas, mas não  sei  por qual parte. Acho que a Bella  teria me falado.

Deito com o celular na mão e coloco  umas músicas  para tocar.

Acordo um pouco  em cima  do horário e com o humor negro. Me arrumo correndo depois de um banho  rápido e  desço  as escadas. Ligo para o piloto e sigo em direção ao heliponto.

No caminho pego um pouco  de engarrafamento. Meu segurança  me diz que estamos  sendo seguidos  pela  Camila. Freio de vez obrigando assim ela a parar tbm.

Desço  e vou  em direção  ao carro dela que me olha  cínica. Discutimos  feio. Pergunto  por minhas filhas e  ela diz que não  as viu.  Ligo para o Júlio.

- Júlio. Onde estão  as gêmeas? - pergunto nervoso.

- Elas ainda nao saíram do quarto  senhor. Já liguei para as duas e os celulares estão desligados. - afirma. Ligo para Maria.

- Maria? Cadê  as gêmeas? - pegunto aflito.

- Estão  no quarto. Estou aqui na porta  da Lara e está trancado. - Ela fala.

- Veja isso Maria. Elas não  se trancam. - falo.

- Isso que estamos achando estranho.- desligo  poque sei que tem o dedo da Camila nisso.

Reclamo  por ter deixado minhas  filhas  trancadas  e sem celular. Dou meia volta  e vou para casa. Essa infeliz me paga.

Entro em casa e vou voando para o andar de cima. Encontro  Maria em frente ao quarto  da Lara que está  gritando. 

- Ache a chave Maria. Por favor! - fala chorando.

- Filha, fique traquila amor. Já vou abrir.  -  vou saindo  quando  dou de cara com Júlio  que me entrega as chaves e os celulares.

Abro a porta  e Lara pula em mim chorosa.  Ela é assim. Muito sensível. O pior que a Camila sabe disso e ainda apronta. Vou e abro  o quarto da Laura. Ela está sentada no tapete  do lavabo  chorando.  A pego nos braços. 

Me da tanta raiva que quando a  solto, pego uma  saboneteira  de vidro e atiro no espelho. 

- Fiquei com medo  de passar  o dia aqui - Fala e para de chorar. 

- Vou enforcar a Camila. Ah se vou. - saio do quarto.

A Camila passou  uma mensagem  dizendo  que não  voltaria  tão  cedo.  Tomamos  café e depois  cada um foi fazer uma coisa diferente.

Primeiro  olharWhere stories live. Discover now