Capítulo 66

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Leonardo

Fiquei desesperado quando a Bella entrou no Gabinete e jogou o jornal na minha frente. Comecei a me explicar  nervoso e ela começou a falar e sentou em meu colo sorrindo. Exigindo que eu desse uma nota no jornal para tirar o nome de amante e colocar o de namorada.

Alívio me define. A primeira vez que minha namorada vem onde trabalho, poderia ser um dia tenso. Mas ela transformou em um momento feliz. A Bella vem amadurecendo a olhos vistos. Acredito  que tudo o que a gente passou fez isso acontecer mais rápido.

Passei o resto da manhã feliz. Nem reclamei  da quantidade de papel que assinei. Pensei que ela agiria de uma forma e ela vem e me surpreende. Fez até brincadeira com a situação.

O melhor de tudo é que o James ligou para o concorrente e marcou uma entrevista. Então, o chantagista pode publicar o nome e a foto da Bella que nao vou dar um centavo. Já que a minha amada namorada não se importa,  porque eu faria isso?

Fico só preocupado  por causa da idade dela e os comentários maldosos. Mas sei que a Bella vai saber lidar com isso.

Quero mesmo é que o mundo saiba que encontrei  o amor da minha vida. Que hoje sim, tenho uma mulher  de verdade.

Almocei com o James para  variar. Conversamos e decidimos que eu devo assumir a Bella publicamente. Será melhor.

Ao retornar ao gabinete por volta das 14h quando o James entra na sala dizendo que  minha mãe  estava na emergência da clínica do Edu. Perguntei o que era e pela  descrição que ele me deu, acredito ser um AVC. Fico muito nervoso e vou de carro com ele. 

No caminho ligo  para o Théo e Louise.  Não falei o que  deduzi. Só pedi que eles fossem  para a clínica.

Fui o caminho inteiro pensando mil coisas. Com certeza minha mãe já vinha com  os sintomas e escondeu. Ela não é muito de médico. Sempre que sente algo recorre ao meu pai ou a mim.

Sinto meu coração acelerar. Minha mãe é minha fortaleza. Se ela já vinha com sintomas, não percebi.  E acredito que  meu pai também nao.

Ainda bem que ela estava na clínica já. Isso pode ter sido  decisivo. O mais importante  nesse caso, é o socorro imediato.

Chego na clínica e subo  naquela aflição. Assumo que estou com muito medo. Sei exatamente o que essa doença pode fazer.

Encontro a Bella na sala de espera junto com minhas filhas. A chamo e pergunto como minha mãe  está. As meninas me abraçam e choram desesperadas.

O Eduardo nos chama em um consultório  e nos põe  a par do que aconteceu com minha mãe. Fico mais tranquilo por saber que não foi um AVC consumado.

A Bella subiu com as meninas para o refeitório. Fico esperando. Assim que pude, entrei para vê-la.

Ela está de olhos fechados. Bem sonolenta devido aos medicamentos. Não a chamo, tenho um pouco de paciência  e aguardo. Sento e fico olhando para ela. Agradeço a Deus por ter sido algo leve.

Meu pai entra nervoso e explico a ele o que  houve com minha mãe. Ele se acalmou mais. Ao ouvir nossas vozes ela acorda. Estica a mão. Meu pai vai e faz um carinho nela.

- Mãe. Como você  está? - falo me aproximando.

- Melhor meu filho. Agradeça a sua namorada.  - ela diz sorrindo fraco.

- A Isabella? - pergunto confuso.

- Sim. Ela foi ao meu encontro.  Já estávamos afastadas da clínica. Próximo a nossa casa. Ela foi me buscar. - ela relata.

Primeiro  olharWhere stories live. Discover now