q u a t r o .

1K 109 47
                                    

Moe

Seguro o machado com as duas mãos e lanço contra o pescoço de um Selvagem fazendo a cabeça dele cair na grama e o corpo cair ao lado

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Seguro o machado com as duas mãos e lanço contra o pescoço de um Selvagem fazendo a cabeça dele cair na grama e o corpo cair ao lado. Viro-me a tempo de interceptar outro Selvagem enfiando minha adaga no seu coração e vejo ele urrar de dor e seu corpo cair morto aos meus pés. Norton me olha derrubando o último dos Selvagens e eu encaro o Cassius chutando um corpo do caminho para chegar até nós, um lobo cinza com algumas manchas douradas está ao meu lado com o tronco de uma das coisas na sua enorme boca, ela joga longe e caminha na minha direção começando a voltar para sua forma humana deixando o lobisomem sumir e as formas delicadas de mulher se sobressaírem. Quando chega perto eu estendo meu casaco para cobrir sua nudez, afinal, roupas não vão aparecer magicamente depois que ela volta para a ser humana.

— O que faremos agora? Eles estão cada vez vindo em bandos maiores — ela fala, só suas garras estão de fora. Ainda me surpreendo com o animal selvagem que ela se transforma quando quer ou estando em lua cheia, Raven é bem delicada e doce, mas quando se transforma fica completamente o oposto: sanguinária e assassina. Isso nos ajuda e muito, claro, mas ainda estou me habituando.

— Sinal que estamos cada vez mais próximos da entrada para Lawere — digo guardando minha adaga na bainha. — Vamos.

No final da manhã nós encontramos uma casa com um lago atrás, enquanto eles se refrescam eu aproveito para marcar a porta na espera pelo Thorn.

×××

Bjorn

Seguro a mão da Algodão-doce e a ajudo a pular um tronco de árvore caído, então chegamos no lago. De longe eu vi a marcação em forma de dois espirais unidos - provavelmente foi feita no início da manhã, ou seja, estamos a apenas algumas horas de distância deles -, sei que é a Moe me falando o caminho. Já passei por uma ontem e agora essa, eles estão seguindo para Lawere, a cidade de luz, como muitos dizem. Lá não há Selvagens, só noturnos controlados. Estamos na esperança de chegarmos lá faz tempo.

Ajoelho-me e toco a água gelada molhando minhas mãos, a criaturinha está em pé ao meu lado me olhando. Sorrio pra ela e a chamo.

— Vem tomar um banho, está uma delícia a água — seguro sua mão e faço com que se abaixe ao meu lado e deixo suas mãos dentro da água. Ela arregala os olhos coloridos, agora esverdeados com traços dourados, e sorri.

Levanto depositando meu facão e o cantil - já cheio de água - na margem e começo a tirar minha camiseta, desafivelo o cinto e só então me dou conta da criaturinha me olhando.

Está bem, talvez devemos deixar a calça.

Abaixo-me e pego sua mão, começo a abrir os botões do casaco tentando não encarar seus peitos com os mamilos rodados e levemente lilases, menos ainda sua cintura fina e seu quadril largo, as coxas grossas e uma camada curta de pelos coloridos cobrindo sua intimidade, a bunda redonda, farta e empinada. Tento não pensar em como sua pele é macia e tão clara, nem em como seu corpo tem a forma exata de um violão. Menos ainda no seu cheiro adocicado. Um violão baixinho, macio, cheiroso e lindo.

Projeto Ankh - Nova Era [1°história]. Where stories live. Discover now