v i n t e e o i t o .

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Saio de casa e vejo os cabelos rosas sumindo na curva de uma casa, corro na mesma direção. Algodão-doce está correndo de mim, mas sou rápido o suficiente para alcançá-la e a segurar pelo braço.

— Espera, criaturinha! — Exclamo a virando pra mim, suas bochechas e nariz estão vermelhos, as bochechas também estão molhadas pelas lágrimas. — Por que está chorando, Algodão-doce? — Ajoelho-me na sua frente, ela soluça empurrando minhas mãos do seu corpo.

— Bjorn beijou a Moe! Bjorn disse que beija quem gosta e beijou Algdoce e Moe! Bjorn mentiu! — Fala se atrapalhando nas palavras.

— Foi ela que me beijou, criaturinha, não tive tempo de impedi-la! — Seguro seus ombros.

— Bjorn não gosta da Algdoce, então por que beijou mim? — Novamente ela me empurra e encosta na parede sem ter pra onde correr.

— Eu não menti, Algodão-doce, só pode beijar quem você gosta. Eu não beijei a Moe, não agora pelo menos. Não gosto dela desse jeito. — Tento explicar pacientemente.

— Também não gosta da Algodão! Bjorn falou! — Fecho os olhos respirando fundo e tocando seu rostinho limpando as lágrimas. — Algdoce beijou Bjorn porque ela gosta dele! Bjorn mentiu pra mim! — Empurra minhas mãos do seu rosto e eu torno a segurá-la

— Não menti, meu amor, eu gosto de você. Só menti quando disse que não te queria, você é a coisinha que eu mais quero nesse mundo, Algodão-doce — acaricio sua bochecha, seus olhinhos estão saindo do cinza e ficando azulado.

— Bjorn gosta da Algdoce? — Pergunta baixinho, eu assinto.

— Bjorn ama a Algdoce — sussurro segurando seu rosto e a beijando. Ela ofega assustada, mas retribui. O beijo é rápido, mas é o suficiente para eu saber que não serei capaz de viver em paz sem ela. Não importa o que ela é, como ela é.

Abro os olhos diretamente nos dela que estão avermelhados.

— Algdoce ama o Bjorn — repete me fazendo sorrir.

— Você precisa entender as coisas direito antes de dizer isso, ta bom? — Levanto-me segurando sua mão e ajeitando a calça no meu quadril, na correria eu sequer fechei direito. — Promete uma coisa pra mim, ta? — Peço, ela me encara.

— Promete.

— Você nunca vai fugir de mim de novo, nunca — ela assente.

— Algodão nunca vai sumir do Bjorn — garante, eu sorrio e beijo sua testa. Saímos do beco e já avisto a Aoras e a Raven nos procurando. Aceno pra elas que vem correndo até nós.

— O que aconteceu? — Aoras pergunta.

— Nada, está tudo bem — respondo. Olho pra Algodão que aperta minha mão entrelaçada a sua. — O que aconteceu na casa da Logariel?

Raven sorri e responde:

— Você precisa falar com ela.

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