d e z e n o v e .

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— Nômades, sim eu sou uma nômade — Aoras fala rindo pra Raven

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— Nômades, sim eu sou uma nômade — Aoras fala rindo pra Raven. Ela caminha de costas pra conversar com a Raven.

— Não precisa me lembrar disso toda hora — revira os olhos.

— Você sabe qual o significado disso? Nômade? — Raven balança a cabeça e Aoras continua: — O nomadismo é a prática dos nômades, aqueles que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar — ela levanta os braços. — Isso que sou. Isso que somos. Vocês também não param mais que uma noite num lugar só. Então se fôssemos realista, todos seriam nômades. Para de similar isso a coisas ruins. — Raven revira os olhos novamente.

— Somos bem diferentes, Aoras, vocês decidem viver assim, nós não. Estamos indo a procura de um lugar seguro e vamos parar quando acharmos, já você... — Raven levanta as sobrancelhas.

— Eu vou parar quando achar que devo parar — da de ombros. — Afinal, pra onde estão indo?

— Como assim? Você está nos seguindo sem sequer saber nosso destino? — Raven arregala os olhos, Aoras ri.

— É o que eu faço.

— Estamos indo para Lawere, claro. Não ouvi falar de nenhum outro lugar seguro por essa região — Raven diz.

— Lawere, a famosa cidade da luz — Aoras rodopia. — Já conheci pessoas de lá, sabia? Eles estavam indo para a direção oposta — aponta para trás.

— E por quê? Quem seria o maluco de sair daquela cidade? — Raven sorri.

— Talvez não tenha tanta luz como dizem — Aoras da de ombros. — De qualquer forma, vamos descobrir.

— Vamos parar por aqui — aviso e começamos a nos organizar no canto da estrada. — Raven e Aoras, vocês ficam responsáveis por prepararem a comida, sejam rápidas — as duas batem continência juntas e riem. Reviro os olhos. — Moe e Norton, fiquem atentos — rodopio o dedo, apontando em volta. — Cassius e eu vamos descansar pra primeira vigília.

Jogo-me no chão me deitando e colocando a cabeça sobre minha mochila depois de tirar as frutas. Algodão-doce senta ao meu lado pegando uma goiaba amassada e começando a comer. Fecho os olhos respirando fundo na intenção de descansar, mas sei que é impossível com a criaturinha ao lado. E não demora pra ela começar a me tocar. Primeiro sinto seus dedinhos no meu cabelo, abro os olhos e uma mão sua segura seu próprio cabelo, a outra segura o meu. Depois ela toca todo meu rosto e se concentra na barba enquanto toca sua própria mandíbula constatando uma diferença. Algodão-doce vai fazendo isso até meu quadril, com uma mão tocando a si própria e a outra a mim. Nos seus peitos ela os aperta e aperta o meu percebendo que os seus são cheios e os meus não. Mas quando chega ao quadril, eu a impeço de continuar. Faço ela se deitar ao meu lado e fico a entretendo com uma joaninha na minha mão, Algodão-doce ri observando o inseto toda encantada.

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