Capítulo 31

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Mas faltava uma explicação que o deixava curioso.

— Você disse que fez isso três vezes antes. Por que passou por isso uma terceira vez, se acha que a dor não compensa os resultados e não se acha vaidosa?

— Tenho um fraco por predadores. – ela exalou – Sempre tive e obviamente seu tio não foi o primeiro deles com o qual me envolvi. Você viu as imagens que mostrei a Brooke. Melok e Darwil me morderam antes que seu tio o fizesse. Não sou vaidosa Orfeu, mas era muito orgulhosa, principalmente durante meus treinamentos, enquanto ainda era muito jovem...

— Ainda é muito jovem! – Orfeu a interrompeu rindo, não resistiu.

— Eu quis dizer mais jovem. – ela disse bem humorada – E já sou considerada completamente adulta Orfeu há dezenove anos.

— Por que 19 anos, você não me contou que ingressou na Academia aos 10 e se formou tornando-se adulta aos 100?

— Completei 119 anos há dois dias.

— Não acredito que não disse nada!

— Não comemoro meu amigo, apenas conto os anos para saber quantos vivi e quantos me restam. Não que isso importe ou eu realmente saiba quantos restam. – ela riu.

— Mas você não terminou de me contar porque passou pela renovação celular uma terceira vez. – ele se lembrou.

— Certo. Quando Melok me mordeu, ainda estava nessa fase orgulhosa, portanto quando deixou a sua "marca do predador" – ela fez aspas no ar – apaguei-a pouco depois, por isso passei por esse processo, jamais admitiria ser vista como propriedade de alguém. Com Darwil, faria o mesmo, no caso dele não era realmente orgulho, mas o deixaria em perigo devido suas leis. Mas seu tio se encarregou disso, antes mesmo que eu tivesse a chance, então não precisei até momentos atrás passar por isso uma quarta vez.

— Então esta bastante habituada à sensação de ser mordida, não precisava realmente ter parado suas células e o ar à nossa volta naquela noite.

— Dragonianos não tem a habilidade de liberar dopamina. A mordida deles dói mesmo e só, não envia onda nenhuma de prazer como vocês são capazes de fazer. E vampiros de gerações mais distantes dos guardiões dimensionais, como Darwil, não conseguem estimular uma liberação de dopamina de tão larga escala.

"Naquela noite eu não sabia onde a sua mordida se encaixaria, porque ao contrário de Darwil, você é um descendente direto e eu sabia que mesmo com tudo que fiz se fosse seu tio não teria sido suficiente. Eu esperava que fosse, mas não sabia o quanto poderia sentir, eu só tinha Darwil e Aster por termômetro então me preparei para o pior". – ela rebateu.

Então pensou um pouco e decidiu ser totalmente honesta com ele.

— E correndo o risco de deixá-lo convencido agora, devo admitir que quase me traí.

Batalha da AliançaOnde histórias criam vida. Descubra agora