Capítulo 54

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— O que estão fazendo lá? – perguntou Darwil curioso.

— Uma reunião para determinar nossa sede. Se continua aqui ou se teremos que construir algo próprio para isso. – respondeu Zennya.

— Desculpe? – Melok se surpreendeu.

— Decidimos criar nossa Ordem dos Guardiões, assim como existe em seu mundo. Temos parâmetros e organização diferente, mas a ideia geral é a mesma. Ary nos disse para arrumar nosso próprio espaço e eu discordei. Meu pai não vai aceitar, na verdade tenho certeza que vai querer nos liderar e organizar, portanto manter aqui mesmo. Ary então decidiu se reunir com eles para deliberar. – explicou Kimera.

— E por que somente Orfeu participa dessa reunião? Ele é tipo seu representante? – tornou Ayron curioso.

Kimera e Zennya riram.

— O quê? – Ayron não entendeu.

— Orfeu é o verdadeiro Guardião Dimensional de nosso mundo orelhudo. – contou Kimera.

— Como? – perguntaram Darwil, Melok e Ayron juntos.

— Aryen foi sugada para o nosso mundo para ser a tutora dele, porque ela não quer realmente o cargo. Ela quer voltar para junto de seu predador, portanto não haveria o risco de se apossar do lugar de Orfeu, tomando-lhe o que é seu de direito. – explanou Zennya.

— Como sabem disso? – Darwil não conteve a curiosidade.

— Parece que o Senhor Dimensional se manifestou para eles e lhes explicou o que aconteceu. Agora Ary instrui Orfeu, mas quem faz a maior parte do trabalho é ele, porque a magia dimensional tem que reconhecê-lo e se direcionar para ele no devido tempo. Que pode ser amanhã ou daqui quinhentos anos. – Kimera tomou a palavra – Por isso, meu todo mandão e certinho irmão mais novo participa de todas as reuniões que envolvam os guardiões, ex guardiões, como meu pai e qualquer assunto que envolva este domínio.

— Está com ciúme? – Melok provocou-a.

— Os deuses me livrem! Tem ideia de o quanto eles trabalham? – ela riu alto.

— Às vezes estamos conversando e os dois param de repente. Olham-se e desaparecem, voltando somente dias depois. É muito estranho e irritante. – completou Zennya.

— Realmente não temos muita noção, porque Astaroth não passa muito tempo entre nós. – confessou Darwil.

— Vampiro genérico, todos nós nos chamamos Astaroth. É o sobrenome de nossa família gênio. Você se refere ao tio Aster. – Kimera revirou os olhos para ele.

— Desculpe sabichona! Não somos do seu mundo, nosso guardião nunca deu seu primeiro nome a ninguém de lá. – rebateu Darwil um pouco mal-humorado pelo vampiro genérico.

— Correção. A quase ninguém, Ary sempre soube o primeiro nome dele. – corrigiu Zennya.

— O quê? – perguntaram os três ao mesmo tempo.

— Vocês realmente engoliram que Ast era de Astaroth. Quando ela nos disse isso eu não acreditei. – Zennya riu.

— O que esperavam? Ela nunca nos disse que ele tinha outro nome. – admitiu Melok.

Mas antes que qualquer uma das duas respondesse outro mago passou por eles as cumprimentando.

— Ora! Onde vão minha vampira preferida e minha priminha acompanhadas dessa forma?

— Oi Nadak. Estamos incumbidas de acomodar nossos novos hóspedes. – contou Zennya.

— Espero que nenhum tenha o último aposento da torre leste como destino de acomodação. – ele olhou para Kimera.

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