Amor em amizade.

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Ele parece um neném dormindo, seu cabelo está jogado na cara e sua boca perfeitamente desenhada e avermelhada, nós não fomos tão longe ontem à noite, aliás, já é ruim para ele maior de idade beijar uma garota menor, imagina se nós fôssemos até o fim. Fico o olhando e sorrindo, passo meus dedos em seu cabelo, tirando-o de seu rosto, ele leva um leve susto e abre os olhos devagar, e então assim que me vê sorri, sem mostrar os dentes.

- Que horas são?- ele pergunta com a voz rouca.

- Oito horas.- inclino-me para ver por cima de seu ombro.

- Por que estamos acordados em um domingo às oito horas da manhã?- ele me puxa para perto dele, fazendo-me deitar.

Eu me viro fazendo o me abraçar por trás. Ficamos abraçados por um bom tempo, ele espalhava beijos pelo meu pescoço enquanto eu ria de cócegas. Ouço a porta do quarto dos meus pais abrirem e dou um pulo da cama, eles não podem sonhar que Stevie está aqui, ainda mais que dormiu comigo. Stevie se veste e levanta em um pulo da cama, ele vai até a janela e me olha, começamos a rir quase que em um sussurro ao ver a nossa situação ele então me puxa para um beijo antes de pular da janela, e então só ouço o barulho dos galhos se quebrando quando Stevie desce e corre até à esquina onde deixou o carro, me encosto na janela e rio de tudo, e relembro nossa última noite juntos, mas antes de me entristecer de saber que essa poderia ser a nossa última vez, Sebastian abre a janela e me olha.

- Ele estava esperando por você?- ele pergunta

Sebastian parecia ter acordado já fazia um tempo, vestia roupas de corrida, mas não estava soado, talvez sairia agora para correr.

- Estava.- sorrio.

Sebastian então sorri sem mostrar os dentes e fecha a janela. Olho para a entrada de sua casa e em menos de um minuto ele já está do lado de fora se preparando para correr. É, talvez Sebastian fosse um bom amigo. Sorrio ao pensar e isso e visto um roupão descendo logo em seguida para tomar café da manhã.

***

Hoje o dia estava bem ensolarado, mas sei que eu não ia escapar da minha conversa com Stevie, marcamos de almoçar juntos, em qualquer lugar, e conversaríamos sobre como ficaríamos.
Já eram exato meio dia, e eu estava me vestindo, avisei meus pais que sairia para comer com Callie e mais uma vez ouvi um sermão.

- Mellory, você saiu ontem do hospital, levou 4 pontos na cabeça, e parece que não sente um pingo de dor, está saindo pra todo canto!- exclama minha mãe.

- Mas eu não estou sentindo dor, só um incômodo.- mal sabe você, mamãe, que até dei uns amassos nessa noite, penso e me seguro para não rir desse pensamento. Minha mãe me encara e depois olha pro meu pai que faz o mesmo.- Por favorzinho! Deixa eu sair com a Callie!- faço cara de choro, e minha mãe revira os olhos.

- Quero você antes das 5 horas aqui!- meu pai diz autoritário e apenas balanço a cabeça.

- Convidei a Dona Clarissa e seu filho para jantar conosco.- minha mãe diz e eu sorri me despedindo logo em seguida.

Pego as chaves do carro e olho o endereço que Stevie me passou, entro no carro e dou partida.

***

Sentamos numa mesa no fundo do restaurante, nada chique, mas também bem arrumado. Stevie fez seu pedido e eu fiz logo em seguida, enquanto a comida não chegava, decidimos que estava na hora de tocar no assunto.

- Então…- eu digo.

- Então…- ele repete.- eu realmente vou embora na quinta e…- ele olha para o prato ao invés de me olhar.- tá tudo bem se você ficar com raiva por não ter dito antes, ou por talvez ter parecido que eu só queria diversão, mas não Melly, eu realmente gostei de você, e estou disposto a tentar algo à distância, mas…

- Mas você é um cara de 19 anos que está indo pra faculdade onde irá conhecer várias pessoas e isso pode nos atrapalhar em vários sentidos…- eu o encaro.- eu entendo.- finalizo.

- Eu não tô dizendo que você não é boa o suficiente, ou que não vamos conseguir.- ele tenta se explicar.

- Eu sei que não, mas namoro à distancia comigo, não funciona.- meu coração parece ter levado uma marretada assim que digo isso.- Eu amo você, Stevie, mas…

- Mas as vezes precisamos deixar com que a vida siga pra cada canto…- ele completa e eu apenas concordo.- Você foi a única garota que fez eu sentir aquele negócio esquisito.

- Borboletas no estômago.- digo depois de beber um gole do meu refrigerante.

- Borboletas no estômago.- ele afirma e nós dois rimos.- Não quero perder você, Melly.- ele segura a minha mão.

- Não vai.- digo.- estou disposta a tentar um relacionamento amigável com você, Graham.- digo formalmente e rimos.

Sei que ficar amiga do seu suposto ex-namorado é algo desconfortável e difícil, mas não impossível, há uma atração entre nós dois, mas talvez seja só isso, talvez o amor que tanto falamos que sentimos um pelo outro é o amor de ver a pessoa bem, seja em qualquer circunstância, talvez combinamos mais como amigos do que namorados, por mais que ele tenha uma pegada maravilhosa e beije muito bem, Stevie é e sempre vai ser importante pra mim, e mesmo que doa dizer esse suposto tchau, sei que ele levará nossa história e sei que ficarei com um pouquinho dele aqui, talvez isso seja um sinal de que estou amadurecendo e sabendo decifrar o que é bom e o que talvez não seja bom pra mim.

- Amigos?- ele diz ainda segurando a minha mão.

- Amigos!- digo e sorrio.

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oioioi
Eu não sou muito de comentar no fim dos meus capítulos, mas preciso da opinião de vocês que estão lendo (além disso, obrigada à você)
Como essa história vai ser bem longa (spoiler básico)
tenho 40 capítulos prontos e queria saber se vocês gostaria de um livro 2 (sim, tem muita história além desses 40 capítulos)? e quantos capítulos gostariam que eu liberasse por dia?
sério, me ajudem muito com isso kkk
obrigadinha ♡

Não me deixe irKde žijí příběhy. Začni objevovat