Não me deixe ir

Arrependimentos.

- Filho?- Antony entra na casa de Sebastian.- Desculpa entrar assim, mas você não atendia a campainha.- ele anda até o quarto.- Trouxe comida.- ele procura por Sebastian mas não o encontra no quarto e então ouve o barulho.- Sebastian!- ele grita e corre até o filho tremendo na cama.

-"alô?"

-"É uma emergencia!"

-"O que acontece?"

-"Meu filho está tendo um convulsão."

-"Mantenha a calma, senhor. Achamos seu endereço, estamos à caminho."

-"O que eu faço até vocês chegarem?"

-"Não toque em sua boca. Mas segure sua cabeça."

-"Ok. Obrigado."

Em menos de vinte minutos a ambulância chega. Todos na vizinhança saem para ver o porque de uma ambulância parar tão deseperada na frente da casa dos Hastings. Mellory corre pelo jardim gritando o nome de Sebastian, sua mãe à segura antes que alcance a ambulância. Todos estavam chocados e curiosos. O que havia acontecido com Sebastian Hastings?

- Sebastian...- Mellory ainda gritava entre as lágrimas enquanto cai no colo de seus pais.

- Está tudo bem, meu amor...

Antony vê Mellory caída no colo de seus pais e tenta lançar um olhar de consolo, mas isso não a ajuda muito. Antony entra na ambulância que saí em desperada pela rua.
Aconteceu o que todos temia, tudo que havia sido dito, se concretizou. Sebastian estava tendo uma overdose e talvez tentar sobreviver seja demais para ele.

***

- Vem cá!- ela me chama.

- Aonde está me levando?- sorrio correndo até ela.

A grama era fofa e bem verde, seus olhos brilhavam e seu sorriso era o mais lindo que eu tinha visto.

- Estou te levando ao paraíso!- ela diz contente.

Corro até ela e a abraço, fazendo-a cair no chão.

- O que está fazendo?- digo enquanto a seguro em cima de mim.

- Você quis assim.- ela sorri.- só estou te levando.

- Eu quis o que?- digo confuso.

- Você quis morrer, e me deixou.- ela deixa uma lágrima escorrer.- eu podia te amar, eu podia cuidar de você, mas você não deixou.- ela chora.

- Melly, e-eu m-morri?- digo assustado me sentando.

- Eu tentei, Sebastsian. Eu juro que tentei fazer você viver, mas você não quis.- ela chora em desespero.

Como assim? Como eu morri? E-eu não posso ter morrido, penso. Tudo de repente fica escuro, eu não sei o que fazer. Eu estava indo para o inferno? Sinto meus olhos doerem, tento os abrir, mas parece impossível. Uma luz branca aparece devagar enquanto abro os olhos e percebo o barulho. Talvez Deus teve piedade de mim e me trouxe pro céu.

- Bom dia, garotão!- ouço alguém dizer. Olho assustado e me deparo com um médico. As pessoas trabalham no céu?- Você deu um baita susto na sua família!- ele diz sorrindo.

- Dr Shepard?- digo ao reconhece-lo.

- O próprio.- ele vem até mim.

- O que está acontecendo?

- Overdose. Você teve um começo de overdose, chegou até a convulsão, mas graças à Deus, você chegou à tempo no hospital.- ela me olha como se quisesse me aconselhar à algo.