Eu já não sentia minhas pernas, e minhas mãos estavam mais do que trêmulas. Apesar de saber que Thomas esperava por minha resposta, continuei travada à sua frente enquanto tentava analisar a situação, ou, ao menos me recuperar do momento de choque em que estava.— Sim! Eu quero me casar com você! — exclamei.
Assim que pronunciei minhas palavras, senti minha cintura ser agarrada e antes que pudesse dizer alguma coisa, Thomas me levantou em seus braços, me girando pela sala como uma criança. Seus olhos brilhavam, e eu pude ver em seu lindo rosto toda a alegria do seu coração.
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Papai e eu andávamos pela praia. O lugar estava deserto, e apesar de ainda estarmos no inverno, o dia havia amanhecido ensolarado. Um mês se passou desde o meu pedido de casamento, e confesso que a cada dia eu ficava um pouco mais ansiosa, além de nervosa.
— Vinte de abril é uma ótima data. Thomas fez uma boa escolha, e podemos dizer que ele é espetacular nisso... Já como escolheu você. — papai acrescentou e ri baixinho.
— Hoje vou experimentar o vestido de noiva.
— Sei disso. Sua mãe não parou de falar no vestido desde que vocês o viram na vitrine, ela já até sonhou com você entrando na igreja com ele. Está obcecada.
— Ela está me ajudando muito, pai. Eu nunca poderia imaginar esse momento sem a presença de vocês dois.
— Nós estamos muito felizes por você, filha.
— É realmente muito importante pra mim ter o apoio de vocês. Sei que meus futuros filhos vão se orgulhar dos avós, assim como me orgulho dos meus pais. — confessei.
Olhei para papai que dirigiu seu olhar à mim, e sorrimos juntos em resposta às minhas palavras. Depois de algum tempo de caminhada, nós voltamos para casa. Mamãe estava terminando o almoço, assim que ficou pronto, todos nos sentamos à mesa. Eu particularmente estava faminta.
— Eu pensei que Thomas viria almoçar conosco hoje. — mamãe comentou, quebrando o silêncio da mesa.
— Ah, ele foi convidado para passar o dia no Julian. Mas, sinceramente, acho que os dois estão tramando alguma coisa. Só não tenho ideia do que seja. — falei.
— Por que acha isso? — papai, perguntou.
— Tem dois dias que eles andam estranhos. Vivem cochichando e trocando olhares que eu sinceramente não entendo. Mas não deve ser nada demais. — respondi.
— Homens são confusos, filha. Às vezes isso acontece. — mamãe piscou e papai que estava quieto deu risada.
Quando terminamos o almoço, mamãe e eu avisamos à Eliott que já estávamos prontas para sair. Já fazia algum tempo que tínhamos um motorista, Thomas insistia que toda vez que saíssemos, fôssemos levadas por ele. E apesar de ser estranho no início, depois nos acostumamos.
— Já escolheram a casa, senhorita Manuela? — Eliott perguntou, e percebi me olhar pelo retrovisor interno.
— Não. Nós estamos vendo algumas opções por aqui mesmo em Seattle. E pela milésima vez, pode me chamar apenas de Manuela. Sem formalidade. — falei sorrindo.
— Isso é difícil, senhorita. — argumentou e suspirei.
— É difícil, mas tenho certeza que com o tempo você se acostuma, Eliott. Apesar do pouco convívio nós já o consideramos um grande amigo. — mamãe acrescentou.
— Digo o mesmo à vocês. É um prazer servi-las. — Eliott sorriu, assentindo com a cabeça e fizemos o mesmo.
Ao chegarmos à loja, fomos atendidas com muita delicadeza pelas funcionárias. Eram demasiados vestidos, mas mamãe estava apaixonada por um deles, em especial. Ele tinha uma longa calda e seu tecido era totalmente justo ao corpo, além de ser no modelo tomara que caía.
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O Milagre: Reencontro
SpiritualContinuação da obra: O Milagre ♥ Após a partida de Thomas do país, a vida de Manuela virou de cabeça para baixo, com seus pais em coma, teve que deixar sua faculdade de Teologia de lado para trabalhar. Mesmo com todos os problemas que enfrentou e to...