Capítulo 36: Mar azul

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Mídia acima: Música colocada por Thomas. 

Foram cinco horas e quarenta minutos de vôo. No horário de Seattle já passava das três horas. Mas, no Havaí eram exatamente três horas mais cedo. Com isso, pousamos à meia-noite no aeroporto. Nossas malas foram levadas pelo empregado do hotel. Fiquei esperando na recepção enquanto Thomas conversava com a recepcionista.

Meu nervosismo ainda não havia passado. Me lembrava das palavras de mamãe a cada minuto, na esperança de me sentir um pouco mais tranquila, mas nada disso adiantava. Apesar de ser tarde, não tinha sono algum. Meus pensamentos não permitiam tal luxo. É, eu era uma boba e grande parte de mim, me odiava por isso.

— Tudo certo, amor. — Thomas disse, aproximando-se.

— Tem certeza???

— Sim.

— Não falta nada?

— Não.. Quer alguma coisa? — perguntou, confuso.

— Não quero, não.

— Ok. 

— Vamos subir???

— Sim. Sexto andar. — Thomas sorriu, indo ao elevador.

Respirei o mais fundo que pude e me levantei, seguindo o caminho. O hotel era espetacular. Ficava de frente para a praia, e contava com uma piscina deslumbrante, sem falar das lindas palmeiras espalhadas por seu exterior. Assim que entramos no elevador, Thomas passou seu braço por minha cintura, puxando-me para perto.

— Você está bem? — perguntou. 

— Promete nunca enjoar de mim?

— Prometo. Isso não vai acontecer. — garantiu.

— Eu jamais vou querer te perder.

— E você não vai. — sussurrou.

Assenti em resposta e apertei-me ainda mais em seus braços. Não demorou muito até que o elevador se abrisse, então, saímos juntos. Seguimos para o quarto e assim que a porta foi aberta, avistei uma cama larga repleta de pétalas de rosas. As luzes estavam apagadas e a única coisa que iluminava o local eram as velas.

— Que lindo! — exclamei.

A porta foi fechada atrás de mim e minhas pernas fraquejaram quando senti os braços de Thomas se envolverem em minha cintura. Aos poucos, virei-me de frente para ele, encontrando seus profundos olhos azuis e seu sorriso mais sincero. Pensei em dizer algo, mas me faltaram palavras. Tudo o que pude fazer, foi suspirar.

— Tem algo de errado?

— Não. Eu... Você sabe, não é?! Digo, eu nunca estive com ninguém. Estou nervosa. — confessei, sentindo minhas bochechas esquentarem e pude vê-lo sorrir. 

— Ah... Então, é isso...

— É meio bobo, eu sei. — o interrompi.

— Ei, não é bobo. Nunca seria. Tudo que vem de você é importante para mim, e mesmo vendo seu rostinho vermelho, fico muito feliz por ter sido sincera comigo.

— É uma noite especial.

Thomas assentiu em resposta e então, soltou-se de meus braços e deu alguns passos até a porta que havia ali. Assim que entrou no banheiro, deu um último sorriso antes de se fechar dentro do cômodo. Sentei-me na cama e segundos depois, ouvi o chuveiro ser ligado, o que significava que eu teria mais algum tempo sozinha.

Deixei minha mente ser levada à cerimônia e posteriormente, à festa. Tudo havia saído como o esperado, na verdade, ainda melhor. Não era certo ficar tão temerosa pela lua de mel, porque de um jeito ou de outro, eu sabia que tudo sairia bem. Estava casada com o homem dos meus sonhos, o que poderia dar errado?

O Milagre: ReencontroWhere stories live. Discover now