Capítulo 21: Ao meu ver...

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(Pov Harry)

As coisas em minha vida haviam se tornado uma completa bagunça nas últimas semanas de forma que eu estava completamente tonto. Parecia que eu não tinha mais controle de nenhum ato, tudo girava em torno dele. Meus pensamentos, minhas ações, meus movimentos. Tudo era por Louis e eu não me importava, pelo menos não até a briga no clube. Eu não esperava aquilo, não havia nenhum preparo para o soco que havia recebido, me fazendo cair e me machucar de forma séria. Em partes eu até compreendia sua confusão, seu momento, seu salto para o desconhecido, mas havia horas que eu queria que ele me abraçasse em público, me beijasse e não só me defendesse, mas defende-se a si próprio. Eu o chamava de egoísta a plenos pulmões, mas tinha ciência que também era um. Eu havia tido meus anos para me descobrir, errar, aprender, errar novamente, me aceitar e o que mais envolvesse aquele processo de mudança. Já Louis estava naquilo a poucos meses e talvez eu exigisse um pouco demais do dono dos olhos azuis. Ainda mais quando aquela relação se baseava somente em "amizade".

Eu gostava de Louis, eu me sentia atraído não só por sua aparência física, mas também pelo seu senso de humor, sua inteligência e sua criatividade. Seu corpo me encantava, assim como sua alma e o seu cerne. Em um caso normal já estaria ostentando o título de namorado, mas ali nada era normal. A forma que nos atraímos, que decidimos por uma amizade, que mantínhamos o título de amizade mesmo que as coisas estivesse além. Talvez esse tenha sido um erro também. Camuflar os sentimentos como se eles não fossem importantes. Ignorar conversas que deveriam ter ocorrido a muito tempo e colocar os pingos nos is para deixar as coisas mais claras.

A forma como ele havia agido, o que ele havia falado, a sua ira. A anos eu não me machucava daquela forma, a anos que palavras não abriam feridas tão profundos em tão pouco tempo. Talvez isso tenha me assustado também. Eu sofria por Louis de uma forma que eu não deveria sofrer por um "amigo". Meu coração batia por ele de uma forma tão intensa que eu mesmo fazia questão de fingir que não percebia. Eu não queria me machucar. Não de novo. Meu relacionamento com meu ex havia terminado de forma pacifica, mas isso não significava que eu não havia sofrido. Saber que eu o amava e ele me amava, mas mesmo assim estávamos longe e cada um vivendo sua vida era horrível .Eu não queria brincar com isso de gay iludido por um hétero. Não quando tantos amigos já haviam brincando e sofrido por isso.

Porém novamente entrava Louis e sua intensa habilidade de controlar minha vida. Eu estava irritado, bravo, frustrado e decepcionado com nossa briga. Assustado, amedrontado, confuso e vulnerável por conta da descoberta de meus sentimentos. Mas era só receber aquela mensagem em meu celular que meu coração batia de forma mais rápida, querendo amolecer e simplesmente perdoar esperando que nada mais acontecesse. Eu sabia que tinha que ser forte, que meia dúzia de palavras em menos de 24 horas não poderiam mexer comigo e foi por isso que corri para a pessoa que era definitivamente meu porto seguro. Liam. Liam era meu amigo de longa data que já havia ouvido sobre Louis algumas vezes, porém foi a ele que recorri quando tomei meu porre para afogar as mágoas e impedir que respondesse as mensagens. Foi ele que fez o café da manhã no dia seguinte e também me impediu de ligar choroso para meu ex procurando consolo. Veja bem, eu posso ser bonito, bem sucedido e com amor próprio, mas depois de uma briga e uma rejeição todos nós queríamos carinhos e palavras doces que afagam o ego. O final de semana só não foi catastrófico porque Liam ficou ali comigo me aconselhando e me mandando esquecer Louis, que o garoto era problema e que de hétero curioso a gente tinha mais é que correr. E eu concordei com aquilo, acreditei e alimentei minha determinação para esquecer Louis, porém pelo visto o demônio havia alimentado a determinação de Tomlinson para me reconquistar.

Eu nunca pensei que poderia estar no inferno e no céu ao mesmo tempo! Tendo um demônio e um anjo ao meu redor. Os presentes, cartas, atos, demonstrações. Tudo aquilo era incrível e faziam meu coração balançar, mas a insegurança e o medo apenas aumentando sobre tudo aquilo ser apenas uma brincadeira ou uma conquista para Louis. Tudo era mais divertido quando se era difícil, quando se perdia. Fora que se já não bastasse toda minha confusão mental as más línguas estavam sedentas para descobrir de quem eram tais presentes. Me cercando, incomodando, rondando e quase que mexendo em minhas próprias coisas atrás de alguma pista. Havia até mesmo aqueles que falavam que eu estava fazendo tudo aquilo para chamar a atenção, como se eu precisasse de mais atenção quando havia um Louis com cara de cachorro sem dono, Liam sendo meu amigo preocupado, Matthew, meu ex-namorado e atual grande amigo, sendo meu psicólogo virtual e Niall o amigo de Louis que me enchia de mensagens.

Selfish LoveHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin