13.

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Depois do nosso passeio à beira mar eu e a Sky vamos para minha casa, eu ia estudar Filosofia e ela ia ajudar-me.

Paramos à porta de casa para sacudir a areia dos pés e entramos.

- Então, namoram? - duas caras aparecem a centímetros das nossas, com os olhos curiosos a brilhar.

- Primeiro, espaço pessoal, depois porque é que nós iríamos namorar? - os rapazes olham para nós desiludidos e atiram-se para o sofá. A Sky encolhe os ombros e olha para mim.

- Eu vou tomar um banho, se quiseres esperar por mim no meu quarto... - digo. Ela sorri e sobe as escadas a correr. Eu tomo um duche e saio apenas com umas calças vestidas. A Sky observa-me atentamente quando entro.

- Não comeces a imaginar coisas para maiores de 18 nessa cabecinha, menina Skylar Finnegan. - ela desvia o olhar do meu tronco nu confirmando a minha suposição. - Oh meu deus estavas mesmo a imaginar isso? - pergunto num misto de curiosidade, espanto e divertimento.

- Hey, ninguém te manda ser um pão - ela diz no seu à vontade natural e eu arregalo os olhos. Ela ri-se e o seu olhar volta a focar-se nos meus abdominais.

- Queres que eu vista uma camisola, Sky? - pergunto inocente.

- Não, não é preciso, estás ótimo assim - ela diz com um sorrisinho de lado e eu rio-me. Pego nas minhas coisas de filosofia e deito-me ao lado dela na cama que já folheava um caderno. Espreito e vejo que é o meu caderno de desenhos.

- Hey! Isso é meu! - reclamo e tiro-lhe o caderno da mão, com medo que ela visse o desenho que eu fiz dela.

- Tu desenhas muito bem. Austin tu desenhas MUITO MUITO bem - coro e ela volta a ver os meus desenhos até que chega ao dela.

Oh meu Deus

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Oh meu Deus. Oh meu Deus - por favor não aches creepy, por favor não aches creepy

- Austin o que é isto?

- Eu posso explicar - respondo, com medo que ela me achasse psicopata.

- Explicar o quê? O quão talentoso és? - respiro fundo, aliviado - Jesus, está tão perfeitinho! Está mais bonito que eu na verdade.

- Isso é impossível, Sky - respondo a olhar para ela e pela primeira vez vejo-a corar.

- Porque me desenhaste?

- Porque tu és bonita. E eu precisava de desenhar caras já que normalmente eu só desenho flores ou seres sobrenaturais ou paisagens. - Ela olha para mim, o rubor ainda nas suas bochechas, ela parecia uma bonequinha. Sorrio.

- Ok, Filosofia - ela diz, focando-se nos livros à sua frente.

- Então, eu fiz estes apontamentos, e alguns exercícios antes do acidente. Podes ver se estão bem?

- Tu estiveste a fazer exercícios depois de eu te ter dito aquilo? - ela pergunta, o seu olhar focando-se novamente em mim.

- Hey, eu sei que não o fizeste por mal. E eu queria provar que não era assim tão burro.

- Des...

- Skylar.

- Desculpa por estar sempre a pedir desculpa. - solto uma gargalhada e aperto levemente o seu nariz.

- Vais-me ajudar ou não? - ela ri-se e logo estamos os dois a estudar.

Passadas 4h

- Austin, eu tenho de ir.

- Mas Sky! - reclamo

- Sério, Austin.

- Sou eu que não percebo nada?

- Oh meu deus, claro que não - ela diz acariciando-me a bochecha levemente. - Angels of Fire - ela explica.

- Oh... Vais assaltar coisas? - ela ri-se.

- Não, nós encontramo-nos dia sim dia não no nosso bar para meter a conversa em dia, estarmos com a família e amigos e descontrair um bocado.

- Quem te ouvir a falar assim até parece que não são um gangue - ela volta a rir-se.

- Nós não somos assim tão maus, Bad Boy. - ela olha para o relógio. - Eu adoraria ficar aqui contigo mas tenho mesmo de ir. - Levo-a à porta e ela despede-se de mim com um beijo na bochecha. Sobe na sua mota e parte. Assim que ela arranca entro a correr.

- HUNTER POSSO LEVAR O TEU CARRO? OBRIGADA - pergunto sem esperar pela resposta. Pego nas chaves e entro rapidamente no carro, arrancando.

Ouço o motor da mota e acelero. Assim que a avisto diminuo a velocidade e desligo os faróis para ela não perceber que eu a seguia.

Passado um bocado vejo-a parar no meio de nenhures e eu paro também. Vejo-a a esconder a mota e a embrenhar na vegetação. Saio do carro tentando fazer o mínimo barulho.

Ela andava rápido o que me fez quase perdê-la. Passados 15 minutos a caminhar vejo um edifício, um bar. Ela entra e eu espero lá fora, indeciso.

- Oh porra, seja o que Deus quiser. - e entro.

Assim que entro ouço heavy metal a tocar. Sorrio. As pessoas conversavam, abanavam o capacete ao som da música, bebiam e jogavam às cartas.

Ok, bastante normal. A não ser pela quantidade de armas que eu podia ver numa parede e dos casacos iguais. Avisto os cabelos curtos da Sky que neste momento vestia o seu casaco.

Ela aproxima-se de uma mesa e senta-se começando a conversar com os restantes ocupantes

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Ela aproxima-se de uma mesa e senta-se começando a conversar com os restantes ocupantes. Vejo o seu sorriso lindo e sorrio também. Ela parecia em casa.

De repente sinto alguém a puxar-me e a empurrar-me para o chão. Uma arma é apontada a mim e eu estremeço, já a sentir dificuldades a respirar por causa do pânico.

- Austin? O que estás aqui a fazer?

Something BadWhere stories live. Discover now