capítulo 10

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        Eu estava em uma caverna sentia muito frio mas não conseguia abrir os olhos meu peito doía e minhas pernas estavam dormentes ouvi uma voz me chamando eu conhecia aquela voz era Victor Dashkov, não podia ser ele estava morto eu mesma havia matado ele acidentalmente, então como eu estava ouvindo a voz dele?.

       Eu não via mais fantasmas dês de que deixei de ser uma beijada pelas sombras, mas de alguma forma inexplicável ele estava aqui, senti uma respiração no meu ouvido uma voz diferente me dizendo algo mais eu não conseguia entender, então senti alguém me balançando eu não conseguia saber oque ou quem estava ali, então ouvi a voz que eu não conhecia dizendo.

         —" Você matou ele, agora todos vocês iram sofrer".

       Acordei com Dimitri me balançando seus olhos demostrando uma preocupação que a muito tempo não via, a última vez que vi esse olhar foi quando a escuridão do espírito assumiu o controle naquele estacionamento no dia que matei Victor, eu estava trêmula e completamente suada.

        —" Rose ta tudo bem, foi só um pesadelo". Ele disse me abraçando com muita força.

        —" É Dimitri foi apenas um pesadelo ". Eu disse abraçando ele o mais forte que consegui naquele momento, estar com ele assim me trazia um conforto enorme.

          —" Quer me dizer sobre oque era seu pesadelo, porque você ficava dizendo ' não pode ser você esta morto' ". Ele disse levantando a sombrancelha daquele jeito que ele sempre fazia.

         —" Não quero falar sobre isso Camarada, não foi nada demais, não quero lembrar do pesadelo, prefiro voltar a dormir com você me abraçando assim". Eu disse dando um leve beijo em seus lábios.

          —" Está bem, vamos voltar a dormir". Ele disse me analisando, eu não queria entrar em detalhes sobre os sonhos, até porque esses sonhos se pareciam bastante com os sonhos induzido pelo espírito eu precisava ter certeza antes de preocupa-lo, isso era mais uma coisa que eu teria que descobrir e se eu estiver certa aí sim vou contar a ele.

           —" Eu te amo Dimitri ". Disse beijando-o ele me apertou mais a ele e nos deitou de um modo que eu fiquei deitada em seu peito sentindo aquele delicioso cheiro de pós barba, não demorou muito e voltamos a dormir e dessa vez sem pesadelos.

       Acordei por volta das nove e vinte da noite, conclusão era dia para os morois da corte olhei para o lado e Dimitri não estava olhei em direção ao banheiro e não tinha movimento nenhum ali, então percebi que havia uma rosa e um bilhete na cômoda ao lado da cama.

                         Roza

        Fui buscar nosso café da manhã não devo demorar, quero aproveitar todo o meu tempo livre com você hoje então nada de trabalho, até porque a senhorita tem que ficar de repouso por mais duas semanas e eu cuidarei para que você cumpra todos as recomendações médicas.

                Te amo.   D.B

        Tive que sorrir com aquele bilhete ele sempre se preocupando demais comigo e eu amava isso nele, já que ele poderia demorar um pouco resolvi tomar um banho para poder despertar de vez do sono que insistia em permanecer no meu corpo, fui até o armário e peguei uma calça de moletom preta e uma blusa branca que ficava colada em meu corpo, eu queria vestir algo confortável.

       Alguns minutos mais tarde ouço um barulho vindo do quarto de cara imaginei que fosse Dimitri mas eu iria chegar pra ter certeza sai do banho e me enrolei em um roupão, Dimitri estava de costas pra mim, tentei me aproximar o mais silenciosamente possível mas foi em vão eu nem havia dado dois passos direito e ele se virou em minha direção com um sorriso lindo.

        Ele estava vestido com uma calça jeans preta e uma blusa também preta e o inseparável sobretudo por cima, seus cabelos estavam molhados e presos em um rabo de cavalo improvisado, ele veio em minha direção com passos lentos, colocou seu braço direito em volta da minha cintura e com a outra mão acariciou meu rosto, isso durou apenas alguns segundos porque logo depois me beijou.

      O beijo era calmo ficamos assim por alguns minutos apenas nos separamos para respirar.

         —" Bom dia Roza, como foi sua noite?! Tirando o pesadelo que você teve, e que ainda não me disse do que se tratava". Droga ele tinha que me lembrar disso logo agora.

         —" Bom dia camarada, dormir perfeitamente bem aqui com você, e eu já disse que o pesadelo não foi nada demais, talvez eu só esteja estranhando ter sonhos depois de tanto tempo em coma ou algo do tipo". Eu disse dando um sorriso comedor de homens e torcendo mentalmente pra ele acreditar em mim ou que pelo menos deixe esse assunto de lado por enquanto.

        —" Tudo bem então Rose ". Ele disse me analisando procurando alguma coisa suspeita em minha expressão.

        —" Estou faminta camarada, oque você trouxe pra gente comer". Perguntei, abraçando-o pela cintura.

        —" Quando você não está faminta Rose, mas eu peguei pra você duas bombas de chocolate e um chocolate quente como você gosta e pra mim peguei apenas um café, você sabe que não sou muito de comer pela manhã". Ele disse me apertando em seus braços e beijando minha testa.

         —" Então vamos tomar nosso café, porque meu dia vai ser cheio amor". Disse dando um beijo em seu pescoço e tive o prazer de ver ele se arrepiar, tomamos nosso café e conversamos coisas banais, nada relacionado a trabalho era tão bom estar assim com ele, esses momentos aconteciam tão pouco por causa do trabalho que parecia uma eternidade quando algo assim acontecia.

A Promessa Das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora