Capítulo 49

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                          Pov Rose 

        —" Sabe querida Rose, quando quis transforma-la em minha arma não pensei que você daria tanto trabalho, agora vejo que foi um erro transfomar-la já que está me dando dor de cabeça, mas o bom de tudo isso é que posso acabar com sua patética vida hoje e meu maior problema será resolvido". Disse Alexandre rosnando em minha direção.

        —" Você fala como se fosse fácil me matar, Alexandre eu sobrevivi a tortura de Robert e de quebra meus dias como strigoi, você até pode conseguir me matar mas não será tão fácil quanto pensa". Digo seria, eu não tenho certeza se conseguirei sair viva daqui mas com toda a certeza darei o melhor de mim para que isso não aconteça.

      —" É oque veremos". Diz Alexandre correndo em minha direção, sinto o peso da estaca em minha cintura, mas não é o momento de pega-la, preparo meu corpo para o impacto mas ele não vem, Alexandre me pega pelo pescoço e me prende a parede, com o impacto da parede em minhas costas solto um gemido, sinto sangue escorrer pelo canto da minha boca quando Alexandre me acerta um tapa oque faz com que um gemido alto saia de meus lábios e que também aumenta minha raiva, sem pensar duas vezes acerto uma joelhada em seu estômago, fazendo o mesmo se afastar de mim, Alexandre me olha surpreso. 

      —" Ora, Ora parece que nem tudo foi embora junto com seu jeito strigoi, a força permanece a mesma". Diz ele me encarando. 

       —" Bom saber disso, principalmente agora". Digo irônica mas também estou surpresa a força deveria ter ido embora, pelo menos é oque acho. 

        Então começamos a lutar, estou cansada não sei por quanto tempo irei aguentar, lutamos por um bom tempo, acerto Alexandre com quatro socos seguidos, um na barriga o faz curva em minha direção, o segundo certo em seu queixo que o faz cambalear para traz, e os outros dois um de cada lado do seu rosto ele da mais alguns passos para trás mas se recupera rapidamente, ele rodopia e acerta com o pé em minha barriga, me fazendo ser lançada para o outro lado da sala, caindo com um baque surdo no chão, não tenho forças para levantar, minhas costelas doem pelo menos duas estão quebradas oque dificulta minha respiração.

       —" Isso é porque não é fácil mata-la não é, mas mal começamos e você já está jogando no chao". Diz Alexandre dando uma gargalhada sinistra.

       Ele caminha lentamente em minha direção, tento me levantar mas o mínimo de esforço que faço perco todo o ar de meus pulmões, ele chega bem perto e me puxa pelo pescoço já estava difícil respirar, agora essa missão é quase impossível, ele me levanta tirando meus pés do chão e me joga na parede mais próxima, minha cabeça é a primeira a se chocar com a parede minha vista fica turva sinto ele se aproximar mas vejo só vultos, ele me agarra pelo pescoço novamente mas dessa vez vez prende meu corpo contra a parede.

 
       —" Bem querida, sua hora chegou". Ele diz então sinto seus dentes em meu pescoço a dor que sinto é desesperador e conforme o tempo passa a dor só aumenta, Alexandre não deixa que a droga que iria me fazer relaxar entrar em minha corrente sanguínea fazendo assim a dor ser insuportável, ouço um grito olho na direção do barulho e vejo Dimitri tentar chegar onde estou mas algo o impede, uso o restante de minhas forças para pegar a estaca em minha cintura e agradecendo por a mesma não ter caído quando eu estava literalmente no chão, pego ela com firmeza mas com todo o corpo tremendo.

 
        Eu preciso mata-lo por meus amigos, por Dimitri, mas principalmente por mim essa luta é minha, ninguém tem o direito de mata-lo além de mim, essa luta é minha e a promessa que as sombras um dia fez em relação a mim não terminará comigo sendo morta por um strigoi maldito, reunindo toda força e técnica que um dia Dimitri me ensinou cravei a estaca no coração de Alexandre, passando ela entre as costelas e os músculos acertando em cheio seu coração, sinto seu corpo ficar tenso sei que não esperava por isso. 

       —" Esse é o fim da linha, você morto por minha estaca, eu posso até não sobreviver mas estou feliz por te-lo o matado". Digo em um sussurro quando vejo seu corpo perdendo a vida bem diante dos meus olhos. 
Passo por cima do corpo sem vida de Alexandre e caminho em direção a Dimitri, só agora percebo o campo de força bloqueando a porta assim que atravesso a mesma minhas pernas falham só não caio no chão porque Dimitri me segura. 

        —" Roza". Dimitri diz e solta algo em russo mas eu sei que é um palavrão.

       —" Eu tô bem camarada, agora acabou não é?". Pergunto aos sussurros. 

       —" Sim acabou Roza". Diz Dimitri. 
Sinto quando ele me levanta do chão, meu corpo vai ficando mais leve conforme o tempo vai passando, Dimitri conversa comigo tentando me fazer ficar acordada, a dor se espalha por todo o meu corpo, o gosto de sangue permanece em minha boca, em algum momento eu não aguento mais e acabo desmaiando.

       Não sei quanto tempo se passou, mas a dor em meu corpo diminuiu consideravelmente, consigo abrir os olhos mas a luz faz com que eu os feche novamente, dessa vez a luz não me impediu de ficar com os olhos abertos estou em um quarto branco com aparelhos conectados em mim, tento me sentar e sinto algo em minhas costelas, ah uma faixa em volta do meu corpo, quando enfim consigo me sentar ouço a porta ser aberta.

 
      —" Kiz, você não deveria estar sentada". Diz abe vindo em minha direção. 

        —" Onde eu estou?". Pergunto a ele, minha voz bastante rouca. 

       —" Estamos na corte, você ficou uma semana em sono profundo, mesmo depois que lissa a curou você não acordou, seu corpo entrou em sono profundo para recuperar as energias". Disse abe sentando ao meu lado. 

       —" Onde está Dimitri?". Pergunto o olhando.

        —" Ele foi tomar um banho Kiz, o garoto não saia de perto de você em momento algum, então tive que arrastar ele até o dormitório dos guardiões para que descansasse e tomasse um banho". Abe me explicou. 

       —" Obrigado por fazer isso velhote". Digo o olhando abe apenas acena com a cabeça mas não diz mais nada. 

       —" Fico feliz que esteja bem Rosemarie". Disse ele com uma expressão séria no rosto. 

       —" Me desculpe velhote". Digo olhando para minhas mãos.

        —" Desculpar pelo oque Kiz?". Perguntou abe com a confusão estampada em sua voz. 

       —" Por ter matado o pavel e... Janine". Eu fiz você perder seu amigo de anos e a mulher que amava". Digo com a voz embargada, meus olhos queimavam por causa das lágrimas não derramadas.

       —" Não foi sua culpa, pavel morreu com honra Rose, sua mãe ela não...".

 
        —" Como não foi minha culpa, eu os matei e nunca irei me perdoar por isso, e eles não foram os únicos, milhares de pessoas seria mais adequado". Digo com amargura na voz é lágrimas escorrendo por todo meu rosto.

 
      —" Venha Kiz, tenho algo para mostra-la". Diz abe tirando as cobertas das minhas pernas.

       —" E eu posso sair daqui?! E oque quer me mostrar?". Pergunto me levantando com a ajuda de abe.
—" Você verá Kiz, você vera". Disse ele me lançando uma piscadela. 

       Quando consigo me equilibrar, abe me arrastou para fora do quarto abrindo a porta ao lado do meu, algo me fazia ter medo de entrar naquele quarto e quando o fiz perdi todo o ar, ela estava ali com máquinas grudadas em seu corpo e se não fosse por elas eu juraria que ela estaria morta. 

     —" Mas como... ".

      —" Adrian a curou naquele dia, mas ela não acordou até então, não dissemos antes porque bem, você já tinha problemas demais". Diz abe sussurrando.

       Não digo nada e me aproximo da cama me sentando ao lado da cama, olho seu rosto corado e sua respiração rítmica, pego em sua mão e sinto uma corrente elétrica passando de mim para Janine e então algo acontece, seus olhos se abrem e ela me olha com um sorriso lindo no rosto e nesse momento lagrimas rolam por minha face. 

      —" Mãe, fico feliz que esteja bem". Digo a abraçando.

       —" Eu também filha, te amo demais, você sabe disso não é?". Perguntou ela me abraçando fortemente.

       —" Sim eu sei". Abe se junta a nós e ficamos os três abraçados e conversando, e foi nesse momento que percebi que minha vida voltava aos eixos. 

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