Noelle
Depois do jantar, que acaba cedo, a minha mãe leva a Gwen para a cozinha para ensina-la a ler um livro de receitas, pra fazer as coisas que gosta quando crescer. Eu fico com o Peter na sala, de onde ele pode ver a filha, e conversamos sobre a situação da Lindsay. Demonstro minha frustração por não ficar sabendo e ele me consola.
— Tenho certeza que poderá conhecer o Nashville em breve.
O meu olhar é de puro choque.
— Como você sabe o nome do filho dela?
Ele fica sem palavras, e balança a cabeça.
— O meu chefe vai me matar, mas não gosto de mentir para você. Ela conheceu um agente que eu conheço e trabalho para às vezes, meu chefe, nas últimas semanas. Ele me contou como ela estava, como estava a gravidez e do que ela precisou. Por favor, não diga isso para ninguém.
— Como é, Peter? Você sabe dela há semanas e não me disse nada?
— Ei, eu não disse isso. Ele me avisou só ontem, já que o bebê havia nascido. O cara é o maior idiota e estava babando como um cachorro. Se eu soubesse que era só fazer isso para amolecer o coração de pedra dele, teria contado da Gwen há anos! — diz irritado.
Compartilho da irritação dele, mas por outra razão.
— Eu só quero a minha amiga de volta. Com um bebê, ela ficará na casa dos pais para sempre.
— Gata, ela não voltaria nem se fosse oferecido um milhão de dólares. O que o Victor fez com ela foi muito grave. O meu chefe me contou como foi e não posso julgar o ato dela. Olha, eu já errei, já perdi a cabeça algumas vezes, e às vezes isso refletia em outras pessoas, como quando fui bater na parede para extravasar a raiva, mas a Brittainy entrou na minha frente. Ela estava sempre do meu lado e acabava sendo atingida por mim às vezes, já que não tenho equilíbrio perfeito. Ela sabe disso, e mesmo assim não me perdoou totalmente. O Victor fez por querer. Por que ela perdoaria ele?
Muito irritada, resmungo um monte de xingamentos em francês. Se o Victor não fosse um idiota, a Lindsay estaria mais perto que quase no Canadá! Minha mãe chega com um copo de água e o meu remédio, que engulo com sabor de ódio.
— Eu não entendo a motivação de alguém que trai o parceiro. Se quer ficar com outra pessoa, avisa antes caramba!
— Você fez alguma coisa, Peter? — a minha mãe pergunta.
— Não, foi um conhecido dela.
— Conhecido nada! Um desconhecido, essa palhaçada que ele fez me fez perceber que não conheço ele coisa nenhuma. Imbécile.
O Peter esfrega minha perna, e a minha mãe sai da cozinha resmungando em francês que a juventude atual é mais maluca que a da época dela. Claro que somos mais malucos, as coisas que têm surgido por aí são prova disso. Jogos que destroem vidas e vídeos e fotos íntimas que são compartilhados sem consentimento são grandes exemplos.
— Que tal vermos um filme para você esquecer disso, hm?
— Esquecer? — rio — Eu nunca vou esquecer isso. Se eu bater a cabeça agora, posso esquecer até o meu nome, mas não isso.
— Ok, reformulando: para você pensar em outra coisa por enquanto. Essa pobre almofada não merece toda a destruição que você está causando. — aponta a espuma na minha mão.
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Provocando Amor - Série Endzone - Livro 4
RomanceA vida de Peter é uma montanha-russa. Desde que engravidou a tia mais jovem do melhor amigo, as oscilações na vida do garoto combinadas a um humor muito parecido com o sobe e desce do brinquedo, ele desconhece a palavra paz. Ex-capitão do Hill Legio...