Capítulo 24

10.5K 1K 351
                                    

No primeiro momento continuei assustada, mas depois, definitivamente me apavorei

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

No primeiro momento continuei assustada, mas depois, definitivamente me apavorei. Não pode ser, isso não é real, devo estar ouvindo coisas. Gente, isso não é possível, não é possível, uma criança não pode chamar uma pessoa de mãe sem a conhecer o suficiente, ou ela é muito carente, ou sou completamente louca.

— Não bebê, sou eu, Bela. Fale Be-la — pronunciei as sílabas pausadamente para que ela entendesse.

— Mamã, Mamã — proferiu batendo palminhas.

Poxa! O seu pai vai me pegar. Espero que ela não fale isso em público. — Tentei enganar a mim mesma, para que a realidade da futura demissão não me abatesse.

Por causa desse momento afoito, resolvi não digerir a situação, então, a peguei no colo e caminhei em direção a cozinha, fazendo o possível para não esbarrar em nenhum vaso de flor gigante que se encontram distribuídos pelo corredor do primeiro andar.

Quando adentrei a área de refeição, encontrei os meninos devidamente arrumados, tomando café em uma mesa média ao lado da janela da cozinha planejada em móveis pretos e brancos.

— Acordados tão cedo?

— Você já conferiu as horas? — Tomas disse mordendo um pedaço do seu bolo de chocolate.

Olhei o relógio de parede e visualizei que são 11h10min da manhã, pelo menos ainda poderei tomar café.

— Aqui está a sua comida menina e a mamadeira da mocinha. — Dona Margarida colocou a bandeja na mesa.

Me sentei e comecei comer, enquanto dou de mamar a pequena.

— Não sabia que tinha vestidos de adultos no closet de Tiana — falei para a senhora.

— O senhor mandou a Dona Oneida comprar alguns vestidos simples para a senhora usar enquanto estivesse aqui — comentou sem muita atenção, aparentemente mexendo o curry no fogão de seis bocas, trazendo em mim uma sensação prazerosa, pois não vejo a hora de provar sua comida asiática magnífica.

Sério? Ele sabe que tenho pouca roupa e foi por isso que não trouxe nenhuma para ficar aqui? Deve ser coisa da minha cabeça, tenho certeza.

— É alguma empregada que nunca vi? — pronunciei não reconhecendo esse nome.

— Não, é a governanta da casa.

Ah! Tinha me esquecido daquela cadela.

— Falando nela, nunca mais a vi — pronunciei como quem não quer nada.

— Ela é uma governanta diferente, se é assim que posso dizer. — Deu uma pausa em suas palavras. — Oneida é a encarregada em zelar todos os bens do Senhor Martilhe, ou seja, uma administradora patrimonial, como ela murmura. Então, por isso dificilmente você a verá por aqui. No seu caso foi especial, por ordem do senhor ela apresentou a casa e as tarefas a você. — Encerrou e voltou aos seus afazeres.

O Chefe da MegeraWhere stories live. Discover now