Capítulo 35

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Olhei pelo retrovisor, avistando o belo céu com poucas estrelas

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Olhei pelo retrovisor, avistando o belo céu com poucas estrelas. Penso que mereço tudo isso. Mas no momento, tenho que ajeitar a minha vida, não vou ficar chorando no canto, porque a pessoa que amo jogou comigo, brincando com os meus sentimentos, embora, tenha sido um plano dele com o idiota do meu irmão.

Irmão, com certeza essa é a palavra mais contraditória que tive na vida, algo que jamais imaginei aconteceu. Sempre pensei que a traição de Sebastian foi a pior "coisa" que teria na vida, mas a de um irmão, súpera sem dúvidas. Alguém que sempre esteve com você, desde as lembranças mais profundas até as mais superficiais.

— Não quero esse feto, mas não sei o que farei com ele. Se você estivesse em meu lugar o que faria? — Encarei os seus olhos claros ainda mortificada pela situação em que vivo, é como se algo fosse ruim demais para existir.

— Bom, não sou uma mulher, então não sei — disse no seu mais puro tom de divertimento, não dando atenção a seriedade da ocasião.

Dei um empurrão modesto em seu ombro, não acreditando o quão idiota meu irmão pode ser por brincar em uma situação dessa.

— Sem gracinhas Miguel, de verdade, estou falando sério. — O encarei seriamente, enquanto ele focava seu olhar nas estrelas no maravilhoso céu noturno refletido pela varanda da nossa casa.

— Não vou decidir por você, pois não quero ser o culpado caso você "queira" se arrepender. Mas... me recordo quando éramos crianças, lembra quando nossa mãe nos adotou no Brasil, pensávamos que éramos especiais por ser irmãos da mesma terra, diferente de Philip. Porém isso nunca importou de verdade, era apenas birra de crianças. Por isso Bela, não importa a sua decisão, nós sempre estaremos ao seu lado, somos sua família. Era o que mamãe gostaria que fizéssemos, independente da sua escolha, mesmo que eu não concorde. — Me abraçou enquanto me derramava em lágrimas, pois de uma coisa sei, não tenho o amor da minha vida ao meu lado, mas sei que a minha família para sempre terei. Com esse pensamento me agarrei mais ainda a Miguel como se minha vida dependesse disso.

— Não quero esse bebê... quis dizer feto... não quero esse feto... Você pode me ajudar? — falei ainda temerosa por suas palavras, mesmo ele afirmando na sua resposta anterior que de modo algum me abandonaria.

— Não se preocupe. — Apoiou minha cabeça em seu peito, mesmo o abraçando fortemente. — Mamãe jamais me perdoaria se não te ajudasse, mas fique sabendo, toda escolha tem consequências. Amanhã procuraremos um órgão especializado.

Suspirei pesadamente após a sua fala, mesmo encontrando apoio de sua parte, algo que tenho a certeza que jamais encontraria de Philip. Ele não permitiria uma insensatez dessa, segundo a sua própria fala. Sei que esse não é o pensamento mais prudente do mundo, mas jamais... oh céus! Não adiante discorrer sobre esse assunto, se já coloquei um ponto final em minha mente, infelizmente.

O Chefe da MegeraWhere stories live. Discover now