Capítulo 25

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Como se não bastasse, por qual motivo me encontro nesse cenário novamente? Era para tudo ter acabado, não quero reviver isso

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Como se não bastasse, por qual motivo me encontro nesse cenário novamente? Era para tudo ter acabado, não quero reviver isso. Por que essas lembranças não somem? Não enxergam que estão me fazendo sofrer, isso dói demais.

Não é mais o quarto da minha infância, mas tem o peso do meu eterno amor. Aquele que me fez sofrer, ele que me machucou, a pessoa que me trocou por outra apenas por achar a sua "alma gêmea". Contudo, ele não olhou para quem sempre esteve ao seu lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Portanto, ninguém teve pena de mim, então, por que eu teria?

Sou tirada abruptamente de meus pensamentos com fortes batidas na porta. Caminho calmamente até a entrada, sem me importar com o desespero da pessoa no lado de fora. Cansei de me preocupar com os outros e só receber traição como recompensa.

Antes de abrir a porta, peguei uma toalhinha que está jogada no chão de porcelana branca. Pouco depois, abri a porta, encontrando o seu perfeito rosto ilustrado como uma pintura de horror.

— Como você teve coragem? — perguntou sem ao menos me dar um bom dia, que ultraje.

— Sebastian? O que faz aqui? — O encarei sem entender.

— Clara está certa, você ainda se faz de santa, depois de tudo, como não conseguiu mudar?

— Não... — Ele me cortou.

— Chega de mentiras, pelo menos uma vez na vida seja sincera. — Passou a mão no rosto tentando se acalmar.

Foi a primeira vez que vi os olhos de Sebastian em completa decepção, e o pior de ter que assistir seu noivo decepcionado, é você ser a causa dessa decepção.

Vendo o meu estado de choque, ele apenas virou-se e seguiu o rumo ao que eu não saberia se não tivesse tão cega pela vingança, por isso, o segui. Por que cometi tamanha burrada? Se não tivesse feito isso, pouparia mais sofrimento para nós dois, feridas não ficariam em carne viva, laços não seriam definitivamente partidos.

— Sebastian espere!!! — gritei antes que ele entrasse no elevador.

Ele apenas olhou para mim, com um olhar tão partido que até mesmo me fez pensar em todas as minhas ações, porém, isso é uma mentira, aquele olhar me fez pensar em várias formas de manipulá-lo, assim como tinha feito com todos, entretanto, esse encanto acabou quebrando e agora eu estou arcando com os meus atos.

— Eu posso explicar. — Dei passos minuciosos em sua direção.

— Explicar o quê Bela? Que você tirou do meu filho o direito de nascer e arrancou da minha irmã o direito à vida? O que você tem mais para explicar? Era para você ter morrido! Não eles.

— Foi um acidente, eu não queria... — Me aproximei mais um pouco.

— O único acidente foi você ter sobrevivido. Que sua mãe me perdoe pelo que vou dizer, mas maldita hora que a senhora Solano te tirou do inferno da sua família no Brasil.

O Chefe da MegeraWhere stories live. Discover now