Capítulo 40

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Sr

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Sr. Martilhe

Qual foi a besteira que fiz? Não é possível, como posso ser tão burro a ponto de perder você para sempre?

Apenas a observei de longe partir, levando uma parte do meu coração consigo. Não posso fazer nada, não posso chegar perto dela... Não quero ser enxotado, desejo ela perto de mim por completo, agora só vou encontrar desprezo. Anseio que ela sinta saudade de mim, só assim vou aparecer, para tê-la completamente nos meus braços, e quando esse dia chegar, serei completamente feliz, como era com minha amada Ella.

Ainda vejo a imagem do seu olhar me dilacerando como espada de dois gumes, como se ferisse o meu físico e coração ao mesmo tempo. É como uma enfermidade que causei, mas não posso tratá-la, pois não tenho mais controle sobre ela. Não sinto pena de você Bela, tenho pena de mim, por ser covarde o suficiente ao abandonar minha família, mesmo estando em corpo presente. Era como se minha consciência estivesse em outro mundo, em um lugar onde habita a dor, tristeza, ressentimento e o remorso. Por você Ella... se não fosse pelas minhas ações... poderia existir um porcento de chance de você estar viva, mesmo os médicos afirmando o contrário. E agora, Bela!? Fiz o mesmo com você, mas diferente de Ella você não me deixou nenhuma parte sua como recordação, porém ao invés disso, apenas restou um grande vazio no meu coração.

Não sei quantas horas se passaram, mas tenho a ciência que preciso encontrar meus filhos e voltar para casa. Necessito de um ponto de ignição. Sendo assim me despedi do senhor e da senhora Gaiolo.

— Espero que voltem logo, desejo melhoras a senhora Martilhe, é normal casais brigarem. Porém, a melhor parte é a reconciliação, deixe a poeira abaixar, tudo ficará bem. — A senhora Gaiolo deu um sorriso compreensivo e me abraçou amigavelmente, mesmo me encontrando paralisado por causa da sua atitude.

Diferente da mulher a minha frente, o seu esposo apenas me deu um aceno modesto de cabeça e voltou aos seus compromissos.

Pronto, agora mais alguém sabe da minha vida. Respirei fundo e caminhei de encontro aos meus filhos, preciso ser temperante nessa hora, ponderei ressentindo.

— Vamos. — Me dirigir ao estacionamento, enquanto eles me seguiram sem nenhum questionamento, para a minha surpresa.

Acomodei-me no carro e dirigi até o aeroporto. Depois de um tempo finalmente estamos embarcando, já que pedi para a minha secretaria comprar passagens para o voo comercial.

— Em algumas horas estaremos em casa. — Me dirigi às crianças, que estão na poltrona à minha frente, enquanto Tiana está na cadeirinha ao meu lado.

Como sempre, mais um monólogo da minha parte, enquanto os meninos me ignoram.

Tenho certeza de que mereço isso, mas eles ainda são os meus filhos e independente do meu comportamento como pai eu os amo, mesmo que não pareça. Por que toda vez que olho para eles me lembro de você Ella? Por que toda vez que ouço as suas vozes ou queixas pedindo para passar um tempo com eles, lembro-me da mãe de Tomas? Infelizmente isso se tornou motivo o suficiente para fugir deles, mas isso precisa acabar, pois dessa vez não perderei apenas a mulher da minha vida, mas os meus filhos.

O Chefe da MegeraOnde histórias criam vida. Descubra agora