Mudando a vida por completo e por toda ela (Capítulo 37)

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Louise

A raiva me consumia por inteiro, Ryan fez cena por nada, não sou dele, pelo contrario, sou de mim mesma, ele me tratou como algo que ele havia comprado, por mais que o amasse, o meu amor por mim gritava para que me afastasse um pouco e mostrasse para ele que ele querendo ou não, não sou dele, não sou uma aquisição, não fui comprada e tenho total controle sobre minha vida.

O som alto parecia que iria explodir meus tímpanos, minha cabeça pulsava e o cansaço se fazia presente, não me lembrava de uma inauguração tão badalada, celebridades enchiam a cara de álcool, os melhores "Djs" tocavam, e as melhores bebidas eram servidas, e mesmo que tudo estivesse muito bom, não era mais minha "praia", sentia me cansada a horas e mal consegui dançar com as meninas, que se acabavam, desde que cheguei já queria ir embora, vim apenas prestigiar Aurora.

Me direcionei a frente do "Le cabaret" esperando por Simon, se passava das três da manhã e as filas ainda se encontravam enormes, mesmo de fora podia se ouvir o estrondoso som que os djs tocavam. Encarei o suv preto se aproximar, Simon saiu do mesmo e me conduziu a porta de trás  estava realmente fraca, Simon segurou minhas mãos, abriu a porta e com cuidado me ajudou a entrar, assim que entrei senti meu corpo pesar, e acabei me deitando. 

O caminho seria rápido, com certeza, mas pelo visto meu estômago não iria aguentar, senti minha bile subir, o gosto amargo de pré vômito se instalou em minha boca, fechei os olhos tentando controlar a respiração, assim como fazia com meus pacientes, inspirei pausadamente, soltando devagar a respiração, e senti me um pouco melhor, abri os olhos e Encarei Simon, que tinha o corpo virado no banco do carro me encarando. 

- Está bem? - disse em tom calmo, mas preocupado. - Você está pálida Louise. 

- Estou, já passou, foi só um enjôo. - sorri me sentando, Simon assentiu me encarando e se virou, voltando a atenção nas ruas iluminadas.

 Abri minha bolsa e peguei meu celular, o desbloqueando, havia três ligações de Ryan e duas mensagem.

 "Me desculpe pela forma que te tratei, sei que já odeia toda essa proteção, e tem me apoiado, mesmo as vezes me contrariando, me perdoe, fui um tolo, espero que venha para a casa, estarei lhe esperando em nossa cama, te amo." 

Ah, meu Deus, como pode alguém ficar brava com esse ser? Ele percebeu o que fez e me pediu perdão, por mais que tente não consigo ao menos ficar brava  ou chateada lendo essa mensagem.

 - Simon, iremos para o apartamento de Ryan, por favor. - disse calma, bloqueando o celular. 

- Tem certeza Louise? - Gabriel se pronunciou, Simon o encarou totalmente em repreensão. 

- Sim Gabriel. - sorri, o encarando pelo retrovisor. 

Encostei minha cabeça ao encosto confortável e fechei os olhos, controlando os enjoos, a fome e a dor de cabeça, sentia me mais fraca do que nunca, precisava descansar, dormir e comer algo, mas no momento, meu maior desejo com toda e total certeza, era dormir. Abri um pouco o vidro da janela e senti o vento fresco, com gotículas de água acariciar meu rosto, o frescor invadiu o carro por completo, trazendo me paz, e tranquilidade, aguçando meu sono, fechei os olhos novamente, sentindo meu corpo pesar, a mente se esvaziar e o cansaço tomar conta de meu ser, pouco a pouco sentia o sono invadir, fazendo me deitar naquele pequeno espaço.

Senti me sendo segurada por braços fortes, abri os olhos em um pequena brecha e pude contemplar o olhar de Ryan sobre mim, minha pouca percepção me fez entender que estávamos ao elevador, Ryan deixou um beijo casto em minha testa em um ato de carinho, fechei novamente os olhos quando senti meu corpo ser colocado a cama macia, Ryan me cobriu e se deitou ao meu lado, passando sua mão por minha cintura e me achegando a ele, senti o toque suave de sua caricia em meus cabelos e adormeci em seus braços. 

Por um acasoWhere stories live. Discover now