Ready To Run (Scorbus)

Capítulo 6

Capítulo corrigido, mas se tiver algum erro podem avisar.

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Ready to Run (tommosassy)

•Scorpius

Estaciono em frente à casa de três andares branca com telhado azul e porta vermelha. O gramado verde tinha lírios crescendo e enfeitando o jardim dando um toque delicado, enquanto a árvore antiga próxima a casa tinha um balanço de pneu que provavelmente guardava muitas memorias da infância.

Desligo o carro e fico parado por um tempo decidindo se era realmente uma boa ideia ir até lá ou não.

Eu precisava terminar o trabalho de biologia, pois apesar das minhas notas altas, o professor Lockhart pegava no meu pé por causa do meu comportamento. Eu só conversava um pouco... Quer dizer... Muito. Mas que mal tem nisso?

Como não tinha o número do Albus para marcar algo e nem me arriscaria em pedir para o James e deixa-lo mais irritado. Então vou até o endereço que eu havia deixado o ruivo na outra noite torcendo para que o Albus esteja em casa.

Pego minha mochila, saio do carro e ligo o alarme. Vou até a companhia e toco apenas duas vezes, pois odiava quem ficava apertando o botão sem parar como se eu não houvesse escutado pela primeira vez. Eu só demorava a chegar até a porta. Então pensava o mesmo das outras pessoas.

O Albus parece surpreso ao me ver parado em sua porta e tentou disfarçar o olhar sobre o meu corpo. Sorrio de canto ao perceber isso. E tento não dar tanto na cara ao olhar para o peitoral nu pouco musculoso dele.

– Não vai me convidar para entrar? – pergunto sorrindo de canto e quebrando o silencio que tinha se instalado.

– Ah claro – o moreno descruza os braços que o deixava numa postura defensiva e coça a cabeça desconcertado – Entra – deixa um espaço para que eu passasse – O que você veio fazer aqui? – pergunta arqueando uma das sobrancelhas – O James tá lá em cima – se adianta em dizer.

– Não é sobre o James – ajeito a alça da mochila em um dos meus ombros – Temos o trabalho de biologia para terminar – o lembro – a gente marcou para fazer o trabalho na biblioteca depois do almoço, mas você sumiu – falo meio chateado por ter ficado esperando quase uma hora por ele.

– Verdade – ele suspira e passa a mão pelos cabelos os bagunçando ainda mais como se quisesse enfatizar que tinha esquecido – Eu acabei esquecendo... Desculpa – o Potter fala sincero – E o meu endereço...?

– Eu deixei o James aqui na outra noite – mordo a parte interna da minha bochecha constrangido.

– Vou pegar os materiais – o Potter me avisa.

– Por que não fazemos no seu quarto? – pergunto sem a intenção de soar no duplo sentido, mas depois me dou conta do que eu disse. E o Albus apenas revira os olhos e nega com a cabeça.

– Fica aqui – ele avisa subindo as escadas – Quero você bem longe do meu quarto.

– O que você esconde lá hein? Quais seus gostos peculiares que eu não vou entender? – brinco e ele apenas me mostra o dedo do meio – Não me oferece nem uma água da torneira – reclamo – Que tipo de anfitrião é você?

– Você não é meu convidado Scorpius – o ouço gritar.

Sorrio e largo a mochila no sofá, enquanto permaneço em pé olhando as fotos na lareira. Vejo o quanto ele era parecido com pai e como os irmãos deles lembravam a mãe. Todos sorridentes nas fotos em diferentes épocas da vida.