Capítulo 11

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Ready To Run (regulxs)

Albus

Parei de impulsionar meu corpo contra o balanço, usando os pés em seguida para tocar o chão e servir como uma espécie de freios. Com a respiração acelerada e com um certo receio de retomar a conversa de onde parei com o garoto ao meu lado, que logo cessou com os movimentos também, eu comecei a cantarolar o ritmo de uma música qualquer.

— Essa competição de balanços foi quase tão emocionante quanto uma corrida, precisamos fazer mais vezes. — Comentou animadamente o loiro, aparentando estar totalmente recuperado e com a respiração regularizada. — O que você me diz?

Em um movimento rápido eu me virei para encará-lo, ele tinha um olhar sugestivo e um pequeno sorriso direcionados a mim.

— Mas é claro... — Dei de ombros simplesmente, começando a sorrir pequeno também.

— Você quer conversar sobre o que aconteceu com o James? — Ele perguntou calmamente, como se tentasse não me assustar ou aborrecer. Neguei com a cabeça. — Eu sinto muito, Albus.

— Eu sei que você não tem nada a ver com o que houve, e me desculpe. O meu irmão que é um idiota mesmo — Eu murmurei e Scorpius passou seus dedos por minha testa, afastando delicadamente alguns fios do meu cabelo que caíam sobre os olhos.

— Eu não sei se vai adiantar muita coisa, mas vou tentar conversar com ele. Colocar aquela cabeça ruiva no lugar... — Ele falou entre um sorriso e eu gargalhei baixinho.

— Eu serei muito grato... — Falei olhando fundos nos olhos dele, passando toda a verdade por meio de minhas palavras.

— Nah, é pra isso que servem os amigos. — Ele empurrou meus ombros com os seus e eu sorri fechando os olhos.

Suspirei pesadamente, enquanto olhava o parquinho solitário e os brinquedos imóveis a nossa frente.

— Quem será a sortuda ou sortudo que está te arrancando esses suspiros? — Perguntou Scorpius em um tom de voz baixo com um pingo de curiosidade se fazendo presente.

— Ninguém? — Eu perguntei o olhando incrédulo, com a pergunta soando mais para mim mesmo do que pra ele, suas sobrancelhas se erguerem em duvida e eu sorri. — E só para constar, eu não gosto de garotas. — Revirei os olhos ainda sorrindo.

— Não gosta? — Um tom surpreso tomou lugar no seu tom de voz quando ele questionou, me fitando com total atenção.

Ele parecia olhar tão atentamente para mim, como se eu fosse uma cena do seu filme favorito, o qual ele não queria perder nenhum detalhe — por mais simples que fosse.

— Não. Eu não lembro se já comentei com você, mas... eu sou gay. — Comecei pausadamente, mas falando rápido demais as últimas palavras, causando uma gargalhada contente do loiro. — Mas e você? A única coisa que eu sei é que você beijou meu irmão... tecnicamente, eu vi.

Ele passou a língua pelos lábios no momento seguinte em que eu tornei a revirar os olhos, lembrando da noite da corrida.

— Então... você gosta de garotos. — Conclui gesticulando com as mãos e encarando seu rosto, que logo se franziu e se transformou em uma careta estranha.

— Quem disse que eu gosto? — Ele quis saber num tom brincalhão e eu empurrei seu braço com meus ombros, pedindo por meio daquele gesto que ele parasse de me provocar. — Eu não gosto muito de rótulos, sabe? Eu costumo me apaixonar por pessoas e não por seus gêneros...

Ready To Run (Scorbus) Onde histórias criam vida. Descubra agora