𝘗𝘳𝘰𝘵𝘦𝘤𝘵 𝘔𝘦 (𝘙𝘰𝘮𝘪𝘵𝘳𝘪 ) ✔️

Capitulo 3 - Presos no elevador

O elevador finalmente chegou. E meu Deus! Seria ainda pior ter que ficar em um espaço minúsculo com aquele homem lindo. Por que você tinha que ser tão lindo e gostoso, hein? Porque? Os olhos dele, mesmo que por um segundo mexeram comigo. Eles são tão intensos. Quase me hipnotizaram, ou melhor, ele mesmo me hipnotizou e olha que ele só me disse "Boa tarde", imagina se ele tivesse me dito "Oi". Meu Deus, acho que não existe alguém mais idiota do que eu.

O estranho familiar, que é muito gostoso e perfeito, deixou que eu entrasse no elevador primeiro. Ele é tão cavalheiro. Será que ele é real, ou eu estou apenas tendo o sonho mais maluco e estranho da minha vida? Sinceramente, eu espero que não seja um sonho, pois eu ficaria muito puta e também furiosa.

Eu entrei no elevador e me encostei na parede de vidro.
Enquanto, o gostoso ficou de frente para as portas do elevador e de costas para mim. Ele apertou o botão para ir ao primeiro andar, que era o mesmo que o meu, e então, ele não me disse mais nada, e nem eu ousei falar com ele. Acabamos, então, ficando em um silêncio constrangedor, enquanto o elevador descia rapidamente para o andar em que tínhamos que chegar.

Quando o elevador tinha descido exatamente cinco andares acabou parando abruptamente, e fazendo um barulho enorme e fincando bem escuro. Ai, oque vocês acham que acontece? Acham que eu fico quieta e tranquila no meu canto? Não. Nada disso!

— Não! Não! Ai, Meu, Deus! A minha tia vai me matar. – Falei com medo. — Socorro! Socorro! – Gritei e gritei igual a uma maluca, esquecendo que o estranho familiar também estava ali. — Eu sou muito jovem para morrer... — Ao invés de ficar quieta e parada eu acabei andando e me esqueci que não estava sozinha no elevador e para piorar. Eu quase caí. O meu susto foi tão grande que acabei esbarrando no estranho familiar. E eu teria caído no chão, se ele não tivesse sido rápido o bastante para me pegar antes que eu caísse. Okay, isso até que foi legal e estranho pra caralho!

— Você está bem senhorita? – Ele me perguntou e eu mal conseguia pensar, tão perto dele. O estranho gostoso ainda me segurava e me olhava nos olhos. Eu estava totalmente entregue a ele, e rapidamente sai daqueles braços, e organizei meus pensamentos.

— Estou bem, obrigada. – Eu agradeci. — Me desculpe, por ter esbarrado em você. Eu não tive a intenção. Me assustei com o apagão. – Falei envergonhada explicando a minha situação.

Humilhada, eu estava, pois tinha até gritado, porém ele era um cavalheiro e não me perguntaria nada sobre o meu acesso de loucura. Bom, eu espero...

— Que bom, que você está bem. – Ele disse.— Não há nada, para se desculpar, até eu me assustei. – O estranho falou, como se entendesse o meu embaraço. — Isso nunca aconteceu aqui na empresa. Espero que nos tirem logo daqui. — Ele sorriu, um daqueles sorrisos que faz as pessoas derreterem e se repreender dizendo mentalmente: "Para de ser idiota" e eu acabei me repreendendo e lembrando das palavras da minha tia, seja invisível.

— Eu também espero que nos tirem logo daqui. – Eu disse e ele sorriu sem me dizer mais nada.

Dava pra perceber que ambos estávamos desconfortáveis com aquela situação inusitada. Presos no elevador. Eu me afastei dele e sentei no chão encostada na parede de vidro, e peguei meu celular a procura de sinal pra pedir ajuda, mas foi em vão, não tinha sinal algum.

Estamos perdidos, pensei com raiva e com muita fome.

O estranho familiar também sentou no chão de frente pra mim, mas um pouco afastado. E ficamos nos olhando sem dizer nada um paro outro. E de onde eu estava podia sentir o cheiro dele, cheiro de loção pôs-barba e perfume suave, cítrico, talvez. Eu pensei no toque dele, também, naqueles braços fortes e aquelas mãos grandes e macias. O simples toque dele era suave e protetor, sem nenhuma intenção, bom... além de me ajudar.