Capitulo 60 - A ligação

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No Silêncio

Eu estive procurando forros de prata, me sentindo incompleto...
Cantando: Oh, oh, eu gostaria que isso não tivesse um gosto tão amargo.
Tão enamorado, gaguejante, hesitante, oh, minha voz estava quebrada.
Como um pobre homem que parou diante da rainha
Tropecei na minha língua antes de falar.

E embora eu nunca disse isso com palavras.
Havia amor no silêncio.
Mesmo agora, depois de todos estes anos.
Você é a luz em minha escuridão.

Usado para compartilhar esse sentimento, sonhando.
Olhando para o teto do quarto.
Oh, oh, agora eu estou deitado aqui desejando que você volte para casa.

In The Silence
JP Cooper

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• DIMITRI

E ela estava ali com os cabelos de um castanho quase preto voando, estava linda me olhando, sorrindo, me fitando... tentando e conseguindo me seduzir com apenas um olhar. Ela usava um vestido vermelho de seda, e rodopiava descalça pela grama molhada e recém aparada do parque. Era emocionante. Fascinante vê-la ali. Em minha frente, minha. Apenas minha. Minha Roza. Meu amor. Ela dizia coisas que eu não entendia muito bem e me chamava, querendo me puxar, porém não me alcançava por completo. Os dedos dela apenas roçavam levemente os meus. Em vão eu tentava correr, eu queria correr. Queria ficar com ela, queria ir ao seu encontro, abraçá-la, beija-la e amá-la do jeito que ela merecia. Porém, não conseguia, eu não alcançava minha Roza, que dizia claramente as palavras "Sinto sua falta. Quero você, preciso de você..."

Acordar gritando o nome dela, e dormir pronunciando o seu nome já havia se tornado rotina. Era assim sempre, eu sempre sonhava com ela e acordava com raiva pelo meu sonho não ser realidade. Era ruim. Mais que ruim. Era péssimo, era o mesmo que enfiar uma faca lentamente em meu estômago e ficar a rondando, enquanto me perfurava ainda mais.

Nada mais para mim fazia sentindo algum. Eu só queria tê-la para mim. Uma última vez em meus braços, porém eu não podia. Ela estava correndo perigo. Muito perigo. Eu não podia ser egoista. Não podia. Mas, um dia acabei sendo e quase pagando o preço, por isso.

Bom, no terceiro dia preso em casa e sem vontade de comer ou sair, apenas bebendo e olhando para um Unicórnio cor de rosa, que Rose havia me dado á muito tempo atrás. Me cansei um pouco da melancolia e decide fazer algo. Eu peguei uma blusa de frio, que tinha capuz, um boné e um óculos de mentira, que Vick havia deixado no quarto dela. Então, me olhei no espelho e me senti ridículo, porém diferente.

Sai do meu prédio com cautela, e ao invés de pegar meu carro chamei um táxi. Eu tinha que vê-la, mesmo que de longe. E foi isso que eu fiz. Para minha surpresa, naquele dia, ela, minha Roza, estava saindo de casa com Lissa. As duas sorriam animadas e escutavam música do mesmo fone de ouvido. Eu as segui de longe, depois de sair do táxi, até uma lanchonete.

Foi a situação mais estranha do mundo para mim, quando me sentei o mais longe possível delas e fiquei as observando, enquanto tomavam um chocolate quente e comiam bolinhos de queijo e presunto. Ajeitei o capuz por cima do boné, tomei um café puro e comi um sanduíche de presunto e batata. Olhei de novo para Lissa e Rose, que estavam muito distraídas e concentradas na própria conversa para notar alguém ali, no caso eu.

𝘗𝘳𝘰𝘵𝘦𝘤𝘵 𝘔𝘦 (𝘙𝘰𝘮𝘪𝘵𝘳𝘪 ) ✔️Where stories live. Discover now