Pt2: Capítulo 5 - Confronto

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PENELOPE POV

Hope entrou no quarto, se sentou na cama e apoiou os cotovelos sobre os joelhos. Sem dizer uma palavra sequer. Se levantou, caminhou até o banheiro e voltou, com uma toalha branca nas mãos e um olhar pensativo preso no rosto.

- Você acha que ela vai voltar? - Hope perguntou finalmente, após refletir o caminho inteiro das masmorras até o quarto.

- Acho que devemos continuar tentando... - respondi apenas.

- Penelope, a Josie desligou a humanidade dela porque achava que o pai tinha morrido, e ele não morreu, ela o viu e o atacou - a voz de Hope se exaltou - e mesmo assim, nada disso fez ela voltar, fez ela ligar a humanidade novamente... Você acha mesmo que ainda há esperanças?

Tudo o que estava acontecendo era péssimo, tínhamos Josie tão perto de nós e mesmo assim ela estava mais distante do que nunca. Ela estava embaixo de nós, há quase quatro dias e me doía toda vez que ela nos olhava com desdém e desprezo. Eu queria a minha Josie de volta, nós duas queríamos e isso estava nos devorando de dentro para fora, principalmente a impotência em saber que nada que estávamos fazendo estava servindo para traze-la de volta.

- Nós duas sabemos que ela não desligou a humanidade somente pela suposta morte do Alaric. - respondi após uma reflexão - Josie acumula muita coisa desde sempre, a falta da mãe, as coisas que teve de lidar com a Lizzie... A camada é bem densa, mas nós vamos traze-la de volta, Hope, eu acredito nisso.

Hope não falou nada, apenas concordou com a cabeça e se virou para o banheiro, com a toalha nos ombros. Eu me sentei na cama, ouvindo o barulho do chuveiro e imaginando suas lágrimas escorrendo junto a água. Hope era uma mulher muito forte, ela enfrentaria Malivore dez vezes se preciso, mas ela não sabia lidar muito bem com o sentimento de perda, então toda essa situação com a Josie estava a afetando demais.

Me levantei, caminhei até a porta do banheiro e bati três vezes antes da voz abafada de Hope me mandar entrar. Tirei minhas roupas e as deixei no canto do banheiro, caminhei até o box e entrei. Hope não me impediu ou se surpreendeu. Seus olhos estavam marejados e assim que a vi chorando a abracei, colando meu corpo nu no seu, deixando a água cair sobre nós, torcendo para que, de alguma forma, ela levasse junto toda a tristeza dos nossos corações.

O abraço se desfez e eu aproveitei a chance para beija-la, um beijo intenso e molhado. Senti meu corpo se acender, e deslizei minhas mãos até o seu quadril, puxando-a para mais perto de mim. Seus mamilos estavam duros e a sensação deles em contato com os meus seios fez minha pele se arrepiar.

Eu não entrei ali com nenhuma segunda intenção, apenas queria estar próximo dela e acalma-la, mas uma coisa levou a outra e quando dei por mim, estava prendendo Hope na parede do box e beijando toda a extensão do seu pescoço, descendo pelos seus seios, passando pela sua barriga e indo até o seu sexo.

Os gemidos dela estavam me deixando louca e molhada, e quando ela chegou as clímax eu rapidamente inseri dois dedos dentro dela, e deixei escapar um gemido abafado com o tesão que aquilo me causou. Senti as unhas de Hope arranharem as minhas costas e pude ver seus olhos laranjas brilharem por um instante. Quando sai de dentro dela, Hope me virou com uma velocidade absurda e me ergueu com um dos braços enquanto massageava o meu clitóris com sua mão livre.

Meus lábios encontraram o caminho do seu pescoço enquanto tentava controlar o som dos meus gemidos, até que não aguentei e mordi seu pescoço para impedir que um grito me escapasse. Ela, apesar de toda força que possuía, tinha um toque leve, suave e delicioso. Era um deleite te-la para mim dessa forma, era melhor do que sempre imaginei que pudesse ser.

Hope me pôs de volta no chão e me beijou, depois se afastou e encostou sua testa na minha. Ela estava com um sorriso satisfeito e alegre preso nos lábios e eu com certeza estava da mesma maneira. 

***

Acordei assustada com os gritos abafados que encontraram caminho até o quarto. Hope não estava mais na cama e logo me dei conta do porquê; pois uma das vozes que ouvia na discussão la fora era dela.

- Você não pode deixar ela morrer! - Hope vociferou. 

Ela estava furiosa com o rosto vermelho de raiva e o dedo apontado na direção de Marcel.

- Eu não vou fazer isso, mas ela ainda não está pronta. - Marcel respondeu a altura - Ela está viciada, Hope! Josie precisa tirar o sangue humano do seu sistema, eu já vi isso inúmeras vezes!

- Então dê sangue de coelho, de cobra eu não ligo, ela está faminta, ela está secando, Marcel!

Marcel se virou, com as mãos na cabeça, sorrindo nervoso para as paredes. Entrei no salão ao mesmo tempo que Keelin, que olhava nervosa para aquela cena que era um desastre prestes a acontecer, já que, as duas pessoas mais fortes que já conheci estavam prestes a se enfrentar.

- Essa é a minha última palavra - Marcel murmurou - Josie só recebe sangue quando eu disser.

- Olha aqui! - Hope se aproximou dele, com a sobrancelha erguida - Você pode ser o rei de Nova Orleans, você pode ser o rei da porra do mundo, mas você não manda em mim e você não tem voz dentro da minha casa, ou você já se esqueceu onde está?

Eu não tinha uma superaudição mas ouvi um rosnado profundo escapar do peito de Marcel e corri até eles, com as mãos estendidas no ar entre aquelas duas criaturas cujos olhos brilhavam de raiva.

- Parem com isso! - gritei, pronta para agir se necessário.

Não que eu tivesse muita chance...

- Você tem o poder de um Original, mas você não é páreo para mim, nem tente... - Hope soava decidida e realmente perigosa, até mesmo Marcel sabia disso pois sua postura mudou e ele recuou.

- Certo - disse ele erguendo as mãos em sinal de paz - dê a ela um pouco de sangue de animal, e em troca eu quero algo...

- Você só pode estar brincando... - Hope murmurou estressada.

- Eu tenho um plano, uma ideia para trazer a humanidade da sua namorada de volta, - disse Marcel - e tenho certeza de que vai funcionar.

Último Recurso - Fic PhosieOnde as histórias ganham vida. Descobre agora