Jared Frost "Jake" Müller tem tudo: o melhor carro, o melhor apartamento, dono legítimo de um dos maiores bancos do país, além de ser um playboy irrecuperável e quase mal caráter. Saiu da asa do papai para investir em seus próprios projetos em compr...
Jake abriu a porta do escritório de Verônica devagar. Ela estava de costas para ele, sentada entre a viga da parede e um arquivo. Ela observava a luz da cidade lá embaixo enquanto as lágrimas escorriam por sua bochecha e caiam na manga do seu blazer.
Ele pensou em ir embora. Se a conhecia bem, ela iria surtar e dar uma resposta atravessada que o deixaria sem graça e o faria cogitar sua existência naquele mundo. Nos últimos tempo, pelo menos, ele definitivamente se sentiu uma ameba prepotente e rastejante todas as vezes que ela voltava aqueles olhos verdes para ele.
Todavia, Jake fechou a porta atrás de si e se aproximou, sentando ao seu lado e abraçando os joelhos da mesma forma que ela fazia.
— Quer falar sobre isso, vizinha? — Questionou baixo e ela negou, fazendo os cabelos loiros balançarem conforme mexia a cabeça.
— Se eu quisesse falar sobre isso estaria na minha psicologa agora, não chorando sentada no chão meu escritório, "vizinho". — Havia uma ênfase maldosa na última palavra. Ele revirou os olhos enquanto ela respondia, mas ainda assim, a segurou pelo braço, a puxando para perto e recostando sua cabeça em seu peito.
Verônica era muito pequena perto dele e todas as vezes que estavam próximos, conseguia ver qualquer coisa as suas costas sem dificuldade alguma, já que seus 1,60m lhe davam uma ampla visão e seu corpo miúdo e carrancudo não ocupava muito espaço.
— Bom, Ashford, se você fizesse terapia eu tenho quase certeza que já teria um namorado. Alguém tem de ser capaz de controlar seu mal humor e eu aposto na medicina. — Ela revirou os olhos, o empurrando e secando as bochechas, mas havia um resquício de sorriso em seus lábios.
Ele a encarou por um segundo enquanto a via murchar diante dos seus olhos mais uma vez.
— O que eu faço agora? — Sua voz era como um sussurro fraco e distante. Jake deu os ombros, negando com a cabeça.
— Eu não faço ideia, Vê. — A mulher abaixou o rosto e a lágrima irritante escorreu pela ponta do seu nariz, pingando sobre sua calça jeans. — Mas, independente do que acontecer, você pode contar comigo. — Falou um segundo depois, a fazendo erguer os olhos.
— Com você? Quem é a louca que confia em Jared Müller? — Tentou zombar. — Você é o pior tipo de vizinho playboy irrecuperável que existe. Nunca sei se posso contar com você para me oferecer uma xícara de açúcar ou se você vai estar em Ibiza gastando sua fortuna incalculável.
— Pelo menos é Ibiza. — Respondeu com um sorriso. Verônica negou com a cabeça.
— Eu ainda ficarei sem minha xícara de açúcar. — Jake deu os ombros.
— Não, não ficaria. — Curvou-se sobre os joelhos para encarar seus olhos. — Eu prometo que estarei aqui para te ajudar com o seu diabetes o quanto precisar. — Ela deu um meio sorriso.
— Como eu posso saber disso? — Jake deu os ombros, a puxando para perto de novo.
— É isso que os vizinhos fazem. — Beijou o topo da cabeleira enquanto a abraçava e velava seu choro. — É isso que amigos fazem.
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Olá Monamours! Tudo bem? Normalmente não coloco N/As, mas acho necessário esclarecer algumas coisinhas antes de mais nada:
1. Ponto Um e principal: Verônica e Jake são personagens recorrentes e que estão em outras histórias minhas.
Ou seja, alguns fatos sobre o personagem, como profissão, nome e personalidade já veem de outras histórias que escrevi. Jake aparece em Fogo Cruzado (sua história "principal") e Não Acredite Em Nada, e Verônica aparece em Legião (sua história principal), Fogo Cruzado e Pra Você, Eu.
Logo, algumas características já existem em outros lugares, então, por favor, não confundam achando que é uma sequência, exceto Fogo Cruzado, nenhuma das minhas histórias tem continuação.
2. Podem aparecer personagens repetidos além dos dois. Infelizmente, eu só consigo escrever assim, sou apegada e espero que me perdoem.
3. Jake é um cafajeste e Verônica é a dona do mundo.
