Capítulo 20

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Abri a porta de casa e não conheci o lugar, apesar de tentar deixar tudo em ordem enquanto Ana estava aqui parece que nada surtiu efeito. O quarto então nem se fala.

Aos poucos fui tentando deixar tudo no lugar começando pela sala, na cozinha a louça da manhã ainda estava acumulada na pia, já que resolvemos dar uma passadinha no banheiro antes de sairmos de casa.

Sorri com a lembrança.

No quarto parecia que tinha passado um furacão, lençóis pelo chão, roupas por todo lado, até xícaras eu encontrei por lá. Depois de quase uma hora reconheci meu quarto novamente. Entrei no banheiro pra pegar umas roupas pra colocar na máquina de lavar e encontrei um bilhetinho em cima do cesto.

"Peguei uma sua mas deixei uma minha, estamos quites"

Em baixo estava um blusa branca muito bem dobrada, o cheiro dela alcançou minhas narinas na hora que abri, estava impregnado no tecido. Voltei para o quarto onde meu celular estava na tomada.

Eu – Parece que agora vou ter que ir pra Araguari – anexei a foto da blusa.

Deixei o celular na cama e voltei para o banheiro, limpei todo o ambiente e finalizei meus afazeres domésticos com um banho. Decidi descer até uma padaria próxima a minha casa e jantar um caldinho.

Já se passava das 22:00 quando cheguei em casa, deitei na minha cama que parecia mais confortável que nunca e conferi o celular.

Ninha – Tudo meticulosamente planejado ⌐⌐

Olhei a hora e só haviam passado poucos minutos da mensagem.

Eu – Chegou bem?

Ninha – Sim, já faz um tempinho – a resposta veio rápido.

Eu – Pois vá dormir que você tá cansadinha.

Ninha – Queria dormir com tu L

Eu – Agora você quer né kkkk

Ninha – Depois a safada sou eu

Ninha – Mas vou dormir mesmo

Eu – Dorme bem tá, amanhã a gente se fala.

***

Acordei com um barulho ensurdecedor do celular, não era o alarme. Verifiquei as horas e ainda eram 8:00, que eu lembrasse eu não tinha nenhum compromisso naquela manhã.

- Alô? – Atendi mas ninguém falou, pelo contrário, desligaram a chamada. Fiquei com ódio.

Entrei no whats e lá estava a criatura que atormentava meu sono – Deco.

Eu – Ei, o que foi?

Deco – Te acordei? Tu disse que iria me ajudar hoje, não tá lembrando não?

Eu – Ajudar em quê rapaz?

Deco – Posso te ligar?

Eu – Fala por aqui mesmo.

Deco – Na padronização da minha metodologia, combinei contigo domingo.

Eu – Tu num tava bêbado?

Deco – Tava, mas eu falava sério.

Eu – Tá bom, me espera na cantina, já eu chego aí.

A muito contra gosto me levantei e em pouco minutos encontrei Deco conversando com as tias da cantina.

- Num acreditem em nada que ele fala, esse é um safado – me meti na conversa dos três.

Deco virou pra mim e me abraçou a cintura beijando meu rosto.

OTHER WORLDWhere stories live. Discover now