Capítulo Um - Layla

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Eu estava sentada naquela cadeira de balanço velha, feita de madeira, que encontrei por um preço muito bacana em um dos brechós da cidade, quando a porta do meu apartamento foi arrombada

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Eu estava sentada naquela cadeira de balanço velha, feita de madeira, que encontrei por um preço muito bacana em um dos brechós da cidade, quando a porta do meu apartamento foi arrombada.

Meu laptop, que estava aberto em uma página do word onde eu lutava para terminar meu trabalho sobre a importância das civilizações antigas no mundo moderno, quase foi parar no chão, assim como eu.

Com o coração na garganta olhei para a porta de entrada, pronta para usar o que estivesse à mão para me defender, apesar de não querer de jeito nenhum jogar meu computador na cabeça de alguém.

"Ah, desculpa, eu assustei você?"

Olhei para Alexia, piscando, o sangue zunindo em meus ouvidos. Eu não sabia se suspirava aliviada ou pegava aquela cadeira de balanço e jogava na cabeça dela. Estava no extremo dessas duas alternativas.

"Assustada?", eu disse com certa ironia. "Um pouco, na verdade. Da próxima vez tente anunciar sua chegada com um pouco mais de barulho, aliás, me assustei quando te vi chegar tão silenciosamente, sem que eu percebesse."

Alexia revirou seus brilhantes olhos verdes e se virou para fechar a porta atrás de si.

"Não gostei do seu tom de voz, mocinha."

Foi a minha vez de revirar os olhos.

Voltando a me sentar na minha confortável cadeira, olhei novamente para o meu trabalho quase pronto. Era aquele "quase" que me matava.

Alexia, por sua vez, jogou a bolsinha que segurava em qualquer canto da pequena sala de estar e se jogou no sofá, os cabelos curtos espalhados pelas almofadas azuis claras.

"Vi Marie hoje", ela falou casualmente. "Naquele barzinho perto da academia, sabe?"

"Aquele em que o pai dela é dono e onde ela passa quase todas as noites da semana?", perguntei, erguendo os olhos para ela por cima da tela do laptop. "Não faço ideia."

Alexia jogou uma almofada em mim, mas por sorte sua pontaria nunca foi muito boa.

"Você é irritante."

"E você deveria parar de frequentar os lugares onde sabe que vai encontrá-la", disse, fechando o arquivo em que trabalhava. Quando Alexia começasse a se lamentar, seria difícil me concentrar em qualquer outra coisa. "Ela não merece suas lágrimas, Alex, não depois que te traiu."

"Eu não derramo lágrimas por ela!", ela guinchou, indignada, mas se não a conhecesse como a conheço nem perceberia sua maquiagem levemente borrada ao redor dos olhos. Mesmo aquele pequeno sinal partiu meu coração.

Me levantei da cadeira e me sentei ao lado dela, colocando sua cabeça no meu colo.

"Certo, eu acredito... Mas por favor, Alex, sei que é difícil, mas você tem que superar. Nunca te vi tão abalada por causa de um término como esse, e durante o um ano e alguns meses que te conheço você já teve muitos relacionamentos."

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa ArtheniaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora