Capítulo Treze - Layla

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"Você tem certeza de que eu estou vestida apropriadamente?"

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"Você tem certeza de que eu estou vestida apropriadamente?"

"E isso importa?"

"Droga, Alexia, é claro que importa! Responda logo a pergunta."

"É claro que você está vestida apropriadamente, Lya, pelo amor de Deus. Mais parece que está esperando a chegada do Papa..."

"A chegada de uma princesa, na verdade."

Ao meu lado, Alexia bufou, recebendo no mesmo instante um olhar gélido do pai.

"Grande coisa...", ela resmungou.

Mordi o lábio inferior em apreensão, levemente me remexendo no lugar.

A cintura do vestido estava apertada - extremamente apertada, na verdade - e eu mal conseguia respirar.

Agora percebia que deveria ter escolhido o outro vestido, o azul, que tinha ficado mais folgado no meu corpo. Mas o decote da peça era revelador demais e eu não me considero uma garota com pouco busto, por isso acabei deixando para lá.

Se tinha uma coisa que eu realmente não queria naquele dia era chamar atenção, atenção em qualquer forma.

Mas, puxa, aquela coisa estava me sufocando! Se pudesse, arrebentaria todos os malditos botões das costas do vestido ali mesmo, mas um pequeno fato como a presença de toda a família real no saguão principal do palácio me impedia de tomar uma decisão tão insensata como aquela.

Aliás, por que a tal princesa não chegava logo? Por que tínhamos que ter vindo esperá-la tão cedo? Eu já estava cansada de ficar ali parada olhando para o nada...

"Ei, Layla?", uma vozinha chamou de repente e eu baixei os olhos para Margot, que estava parada diante de mim vestida lindamente, com os longos cabelos presos em uma trança elaborada. Ao relancear um rápido olhar para a rainha, percebi que ela não parecia muito satisfeita de ver a enteada fora do seu lugar ao lado dela.

Por falar em lugares, por que tínhamos que ficar dispostos pelo saguão daquele jeito? Como soldados de chumbo? Minhas pernas já doíam e eu estava prestes a abandonar a minha postura perfeitamente ereta de lado.

"Oi, Margot", falei baixinho, tentando fazer com que minha voz não soasse mais alta do que a daquela tia de Alexia, que conversava com o filho ao meu lado. Qual era mesmo o nome dela? Eliana? Emma? Eli... Bom, eu tinha certeza que era alguma coisa com 'é'".

"Eu gostei do seu vestido", a princesa falou de repente, me trazendo de volta à realidade. "Mas ele não parece muito confortável..."

Eu quase ri.

Confortável com certeza não estava no meu top 10 de adjetivos para descrever aquele vestido.

"Bom, ele não é", confessei, só para que ela ouvisse. Ao meu lado, Alexia abriu um sorrisinho zombeteiro.

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa ArtheniaWhere stories live. Discover now