Capítulo Trinta e Seis - parte II, Layla

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Dar adeus a Steinorth foi uma das coisas mais difíceis que tive de fazer

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Dar adeus a Steinorth foi uma das coisas mais difíceis que tive de fazer.

Enquanto arrumava minhas malas - que pela primeira vez na vida foram deixadas para a última hora na esperança vã de atrasar minha partida - eu me despedia silenciosamente daquele quarto, de cada móvel e de cada momento que tinha passado ali.

Se olhasse para as almofadas, me lembraria do dia em que conheci os gêmeos e de quando iniciamos uma guerra de travesseiros. A cama me lembrava de todas as vezes em que Alexia e eu nos deliciamos com todo aquele espaço e maratonamos séries no laptop.

E aquele pedestal, aquele onde antes havia um lindo vaso de porcelana...

Ele me lembrava de mais coisas ainda.

Pelo menos agora, ao contrário de antes, eu sentia como se minha estada ali estivesse completa.

Eu havia mudado. Mudado de uma maneira boa e significativa. Tinha feito amigos para a vida inteira e tinha ajudado Steven a prender Arabella.

O que mais podia faltar?

Havia sido o fim de ano perfeito.

E agora era hora de seguir em frente. De voltar para a Escócia, ver a minha família e lidar com os possíveis comentários de todos em St. Andrews durante os meus cinco minutos de fama na mídia internacional.

Eu esperava lidar bem com aquilo. No fundo, pensava que, depois de tudo pelo que já tinha passado, aquilo era só uma coisinha sem importância.

Quase todos iriam acompanhar Alex e eu até o aeroporto, com exceção do rei, que precisava ficar no palácio e lidar com a transferência de Arabella para a prisão em Arthenia, onde ela ficaria presa pelo resto da vida. Porém, quando já estávamos na porta e prontas para entrarmos nas limusines que nos levariam até a cidade, o rei nos encontrou no saguão para se despedir.

Ele deu um abraço em Alex e disse que ela era sempre bem-vinda para voltar quando quisesse, no que ela respondeu que tentaria vir para o recesso de primavera.

Ele então se aproximou de mim.

Respeitosamente, me curvei um pouco.

"Não sei como lhe agradecer por tudo o que fez, Srta. Bennett", ele disse, me olhando fundo nos olhos quando voltei a me erguer. "Tenho certeza de que meu filho não teria chegado muito longe se você não o tivesse ajudado a resolver tudo."

Perto das portas do saguão, Steven soltou uma risadinha.

"Não mesmo."

Eu sorri, sentindo minhas bochechas corarem.

"Foi um prazer ajudar."

O rei assentiu e manteve-se sorrindo.

"Você também sempre será bem-vinda aqui. Quando quiser."

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora