Capítulo Trinta e Um - Layla

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À noite, quando estava prestes a vestir o meu pijama e me deitar, percebi sem nenhuma relutância que seria impossível pregar os olhos até o amanhecer

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À noite, quando estava prestes a vestir o meu pijama e me deitar, percebi sem nenhuma relutância que seria impossível pregar os olhos até o amanhecer.

Como eu poderia?

No dia seguinte, algo grande aconteceria. Algo monstruoso. E eu não fazia ideia de como agir.

Andando pelo meu quarto tentando encontrar qualquer coisa em que pudesse colocar as mãos e ajeitar, minha mente não parava de ir ao encontro de Ivanna, solitária em uma das prisões do palácio.

Era verdade que nós já sabíamos que aquilo poderia acontecer, ela tinha dito a mim e a Steven que Arabella jamais confiaria nela e daria um jeito de tirá-la do caminho, por isso tínhamos dois gravadores. Mas mesmo assim...

Mordi o lábio inferior com força, não pela primeira vez desejando estar em casa e longe daquela confusão. Mas eu não podia. Na verdade, nem tinha certeza se queria aquilo realmente.

Steven precisava de mim e eu sabia que jamais conseguiria deixar tudo aquilo para trás sem antes ter terminado. Não podia, em hipótese alguma, saber sobre aquela assassina e mesmo assim entrar em um avião e deixá-la ali, com suas tramas e oferecendo risco de vida para todos ao seu redor.

Sebastian era prova disso.

Assim que pensei nele - pela centésima vez naquele dia - tive vontade de chorar.

A morte de Louisa era horrível, algo digno das séries dramáticas de TV, causada pela vilã mais monstruosa. Mas o que ela fez com Sebastian... Como ela disse aquilo em voz alta e com um sorriso no rosto...

Aquilo passava dos limites da maldade. Era doentio. Doentio em um nível que eu nunca tinha visto antes.

Naquele momento meu celular apitou e percebi que uma mensagem de Alexia tinha chegado.

Ela havia saído do meu quarto há pouco, mas como sempre nós éramos do tipo que não conseguíamos ficar sem nos falar por mais de duas horas, mesmo quando ambas deviam estar no sétimo sono.

Boa noite, fofa. Sinto muito que essa não seja a melhor passagem de ano para você. Achei que devia ter te contado antes que no palácio não costumamos comemorar o ano novo porque a atenção de todos está sempre voltada para o dia primeiro de janeiro e a prestação de contas da Coroa para alguns dos nobres do país. Sei que você já disse que não está nem aí, mas a verdade é que eu estou. Sempre viro o ano com pelo menos três garrafas de champanhe vazias ao meu redor, você sabe. Ano que vem prometo que vou planejar algo melhor para a gente. Beijinhos.

Eu sorri, olhando para as palavras com certo carinho.

A verdade é que eu realmente não dava a mínima para o ano novo. Tanta coisa tinha acontecido nos últimos tempos que o dia trinta e um de dezembro não passava de mais um dia para mim em meio a todo aquele mistério e drama em torno de Arabella.

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa Artheniaحيث تعيش القصص. اكتشف الآن