Capítulo Seis - Layla

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Uma batida na porta fez com que eu largasse meu livro e mancasse até lá

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Uma batida na porta fez com que eu largasse meu livro e mancasse até lá. Definitivamente dois dias de movimentos limitados já estavam me dando nos nervos, e eu não via a hora de poder me livrar daquelas bandagens e da dor incômoda que sentia toda vez que pisava no chão.

Sentindo-me um pouco nervosa, abri a porta, sem ter ideia de quem poderia ser. Alexia não era muito do tipo que bate antes de entrar.

"Oi. Você está ocupada?"

Pisquei para Margot e Sebastian, que estavam parados diante de mim com olhares ansiosos.

Antes de responder, olhei para a minha cama bagunçada e o livro que tinha largado em uma parte não tão boa assim.

"Não", disse com um sorrisinho. "Vocês não estão fugindo de outra aula, não é? Porque se estiverem, eu infelizmente..."

"Nós já tivemos nossa aula de hoje", Margot falou com a voz arrastada. "Papai nos deu uma baita bronca e acho que não vamos fugir por um longo tempo..."

"Só estamos entediados", Sebastian explicou.

"Fomos até o quarto de Alexia, mas ela está há uma hora na banheira, cantando como se fosse a Beyoncé." Margot abriu um sorrisinho travesso. "Bom, pelo menos ela está tentando. Não garanto que os vidros das janelas continuarão intactos quando voltarmos."

"Bom, se vocês não têm mais nenhum compromisso de príncipes..." Eu espiei pela janela do quarto. Os flocos de neve constantes das últimas horas tinham parado de cair. "Que tal irmos lá fora? Com toda aquela neve nos jardins, podemos construir o maior boneco de neve do mundo!"

Margot e Sebastian trocaram um olhar apreensivo.

"Ah, não me digam que não podem ir lá fora", falei, erguendo as sobrancelhas.

Eu própria estava apenas esperando uma desculpa para sair ao ar livre. Já estava mofando ali dentro e minha mãe tinha me prendido no telefone por quarenta minutos para saber todos os detalhes da recuperação do meu pé machucado. Precisava urgentemente de ar.

"É claro que podemos ir lá fora", disse Margot. "Só não sabemos por quanto tempo vão deixar com que fiquemos lá sem antes alguém chamar Arabella."

Eu revirei os olhos ao ouvir aquilo.

Pelo amor de Deus! Aquelas crianças eram tratadas como bonecos de cera. Me surpreendia que eles - em especial Margot - ainda conseguissem ser sociais. Ou, pelo menos, quase isso.

"E eu preciso usar a minha cadeira de rodas especial para a neve", Sebastian comentou baixinho. "Essa aqui atolaria em dois segundos."

"Ok, chega de desculpas vocês dois." Entrei no quarto e comecei a revirar minhas coisas em busca de um cachecol, casaco e botas. "Me procuraram pois estavam entediados, não é? Bom, nós não vamos sentar aqui e conversar sobre o tempo, que por sinal é bastante imprevisível por aqui." Com cuidado, calcei minhas botas. "Vamos aproveitar que parou de nevar um pouco e vamos lá para fora."

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa ArtheniaWhere stories live. Discover now