Capítulo Trinta e Três - Layla

5.1K 752 677
                                    

Não sei por quanto tempo dormi, nem por quanto tempo fiquei acordada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não sei por quanto tempo dormi, nem por quanto tempo fiquei acordada.

As coisas pareciam diferentes lá embaixo, assim como na minha mente. O tempo se arrastava, mas também parecia passar rápido demais quando percebia que as velas estavam se esgotando e logo tudo mergulharia na escuridão.

Eu já tinha desistido de tentar me soltar há muito tempo. Tudo o que tinha conseguido com as minhas tentativas falhas de escapar das algemas foram pulsos dormentes e ensanguentados. Se continuasse com aquilo, talvez atingisse uma veia e acabasse me matando, o que parecia uma opção melhor do que esperar para ver o que Arabella faria comigo mais tarde.

Dali onde estava, podia ver com clareza minhas malas jogadas em um canto, onde um dos guardas as tinham colocado. Meu celular não apitava nem chamava, aliás, eu devia estar a bons metros debaixo da terra e não havia sinal por ali.

Tentei gritar por uns cinco minutos depois de um tempo, mas percebi que tudo o que consegui fazer com aquilo foi chamar a atenção de ratos que estavam encostados contra as paredes, me observando com olhinhos brilhantes.

Me perguntei o que Steven faria quando lesse minha carta. Era mais que claro para mim que ele não acreditaria nela e que saberia que Arabella tinha feito alguma coisa. Mas será que aquilo poderia me tirar dali?

Era capaz de a rainha morrer antes de contar a alguém onde tinha me prendido, por pura maldade e gosto por ver o sofrimento alheio.

Ninguém sabe sobre esse lugar.

Aquelas palavras ressoavam em minha mente como um presságio. Se fechasse os olhos, pensava que Arabella ainda estava ali, rindo da minha cara enquanto eu me contorcia inutilmente contra a viga de pedra.

Talvez eu estivesse ficando louca. Talvez o desespero por tudo ter dado tão errado havia feito meu cérebro se embaralhar.

"Um fio de cabelo", eu me pegava sussurrando de tempos em tempos, em um limite tênue entre a consciência e a inconsciência. "Tudo por causa de um maldito fio de cabelo."

As chamas nas paredes tinham se apagado há muito tempo quando ouvi um barulho de repente.

Abri os olhos assustada, deparando-me com a mesma escuridão pesada que se encontrava por trás das minhas pálpebras.

Girei a cabeça para onde eu pensava ser as escadas que tinham me levado até ali, perguntando-me se vinte quatro horas já tinham se passado e se era Arabella voltando com seus capangas.

Que fim miserável eu teria...

"Você não tinha um esconderijo melhor?", uma voz masculina veio de algum lugar... Mas a voz não parecia vir das escadas, era mais à esquerda e parecia estar... dentro das paredes.

"Você tem alguma outra sugestão?", outra voz mais alta replicou, desta vez feminina.

Meu coração começou a bater acelerado.

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora