Capítulo 12

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Eu entro no carro do Sr Watson e vamos até um restaurante no centro da cidade. Um homem bem vestido nos recebe.

— Boa noite Sr Watson a sua mesa já está reservada. Por favor me acompanhe.

Enquanto o homem nos conduz até a mesa , não pude deixar de reparar no ambiente do restaurante ele é muito requintado, com suas paredes de madeira e sua iluminação um pouco escura. Faço o meu caminho em silêncio até que paramos em um local reservado. Só tinha uma mesa que ficava de frente para um lago. Era uma bonita vista. O que será que ele quer? Sobre o que nós vamos conversar? Os meus devaneios foram interrompidos pela a voz do Senhor Watson.

— Por favor sente-se ele apontou para uma cadeira a minha frente.

— Obrigada!

— Gostariam de beber alguma coisa? perguntou o senhor que nos conduziu até a mesa.

— Quero um whisky com gelo.

— Ok senhor Watson e a senhorita?

— Uma água por favor.

— Por favor traga o jantar de uma vez, pois não quero ser interrompido.

— Ok senhor.

— Tartare por favor.

— Ok senhor já trago.

— Por que estou aqui Sr. Watson?

Ele colocou uma pasta com papeis em cima da mesa e com sua mão grande a empurrou na minha direção. Ufa respirei aliviada, vamos assinar o divórcio.

— Leia. mandou ele com um tom assustador.

Abri a paste e comecei a ler os papeis. — Mas o que significa isto? Não estou entendendo, não diz nada sobre o nosso divórcio.

— Isto é um contrato de confidencialidade preparado pelo meu advogado.

— Claro eu assino, fique tranqüilo que não vou contar para ninguém que casamos e nos divorciamos em menos de 1 semana.

— Este termo não diz isso Srta Carter.

— Não? perguntei perplexa.

— Não senhorita. Este termo contém normas e quero que as cumpra.

— E que normas são estas?

— Bom isso tudo está escrito no termo que está nas suas mãos. Mas vou poupá-la de ler. Em primeiro lugar precisamos fingir que somos um casal apaixonado. Em segundo lugar não pode contar a ninguém como nos casamos e em terceiro lugar vamos cumprir o prazo de um ano de casados, até que termine o nosso prazo contratual. E em quarto lugar não poderá ter relacionamentos extra conjugais enquanto tivermos casados. Viu fácil as normas beneficiam a mim e a você também.

— Eu não entendi como vou ser beneficiada.

Vi um sorriso sarcástico, brotar dos seus lábios.

— Bom você vai poder desfrutar do bom e do melhor no período que estiver comigo. Como sabe sou rico e posso te dar roupas, jóias, viagens e o que você quiser.

— O seu dinheiro pouco me importa Sr. Watson. Desculpa, mas não vou fazer o que você quer! Não vou me casar com você. Gritei enlouquecida.

— Xiu fala baixo. Para sua informação, você já esta casada comigo e acho que você não tem muita escolha.

— Não entendi o que quis dizer que não tenho opção.

— Simples minha querida, ou você aceita ou te coloco na cadeia junto com a sua irmã.

— Como assim?

— Vou te explicar direitinho, posso arrumar um jeito para que todos pensem que vocês queriam me dar um golpe do baú... simples assim.

— Você não faria isto.

— Não sabe do que sou capaz senhorita Carter. Posso fazer o que eu quiser. Dinheiro não me falta e se ficar comprovado que vocês me enganaram para pegar o meu dinheiro, vão morrer na cadeia.

— Eu não aceito isto! comecei a chorar.

— Você quem sabe! Se é isto é o que quer, vamos agora mesmo na delegacia eu vou denunciar tudo a policia. Você acha que na palavra de quem eles vão acreditar. Na minha ou na sua?

Estou debulhada em lágrimas. — Senhor Watson isto não é justo comigo, eu não fiz nada! Já que tem dinheiro porque não procura a minha irmã e resolve isto com ela?

— Fique tranqüila dá sua irmã vou cuidar depois! Agora precisamos resolver o nosso casamento. A propósito amanhã às 8 da noite vou mandar te buscar, porque você vai jantar comigo e com a minha família. Vou te apresentar a eles. Esteja apresentável já que é a Senhora Watson. Ele se levantou da cadeira, caminhou até onde eu estava sentada e se abaixou me dando uma última olhada com os seu belos olhos azuis gélidos.

— Não se preocupe a conta já está paga.

Vi o ser tenebroso sair pela a grande porta de madeira. Não acreditava no que aquele homem frio e calculista estava dizendo. Estava morrendo de tanto chorar e ele não teve nenhuma sensibilidade comigo. Estou a ponto de enlouquecer.

Contrato de Casamento (completo)Where stories live. Discover now