Capítulo 17

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No domingo pela manhã um carro veio buscar a minha mudança. Dei uma última olhada para o velho apartamento que morava e que tinha sido muito feliz há anos. Me lembrei da Sofia e eu apertando a companhia dos outros prédios. Isto deixava minha mãe louca.

— Tchau apartamento vejo você em um ano.

Fechei a porta e entrei no carro que me esperava. Olhei para trás e vi cada vez o prédio que eu morava ficar pequeno. Quando não pude vê-lo mais, segui em direção ao destino que me esperava.Sinto uma tristeza, porque não faço idéia de como vai ser 1 ano de convivência com um desconhecido. Uma pergunta veio a minha mente: Será que vou suportar isto tudo?

Uma hora depois, o carro virou a esquina e pude ver a rua repleta de casas enormes, ela era bem mais bonita de dia. Eu queria que a beleza daquele lugar acalmasse os meus nervos, mas com certeza isto era impossível. Estava mais tensa do que o meu primeiro dia de aula como professora.

O carro parou na portaria e me identifiquei e nos deixaram entrar. Adentrei aquela propriedade e o carro só parou onde seria a minha suposta casa. Desci do carro e toquei a companhia. Depois de 1 minuto uma mulher de meia idade abriu a porta. Ela é baixa e morena assim como eu. Estava vestindo um calça preta e uma blusa azul. Quando ela me vê, abre um sorriso.

— Bom dia Senhora. Sou Anne empregada do Sr. Watson e estava esperando pela senhora.

— Bom dia Anne, por favor me chame apenas de Luisa ou se preferir de Lu.

— Tudo bem, Luisa vamos entrar por favor.

Enquanto entrava na casa, parecia que hoje ela estava mais bonita, do que a primeira vez que a vi. Estava perfumada e creio que devam ser das flores que estavam na espalhadas na sala. Os meus olhos corriam tudo em volta.

— Senhora Luisa vou levar as coisas até o seu quarto.

— Por favor Anne, me chame de Luisa apenas. Vou te ajudar! E subo carregando umas caixas também.

— Senh.. Luisa não precisa fazer isto, este é o meu trabalho.

— Anne fique tranqüila posso ajudar. E o senhor Watson não está?

— Ah, não! Ele e toda a família foram a marina fazer um passeio de barco, devem estar de volta à noite. Mas ele disse que era para recepcionar a senhora e ajudá-la com a mudança.

— Entendi obrigada. Pode colocar as caixas aqui no chão, que vou começar a desembalar tudo.

— Precisa de ajuda?

— Não fique tranqüila, que consigo arrumar tudo.

Já passavam das 7 da noite, quando consegui colocar as coisas no lugar. Acomodei os meus livros, numa estante e nas prateleiras que tinham no quarto. Guardei as roupas no guarda— roupa e os trabalhos das crianças em uma escrivaninha. Tomei um banho e comi um delicioso sanduíche, com um copo de suco de laranja, preparado pela Anne. O cansaço do dia já estava presente e deito um pouco na cama para descansar. Fico deitada analisando o quarto. Ele tem um ambiente muito acolhedor, mas não era assim que me sentia. Estava em uma casa estranha, com pessoas estranhas e um suposto marido mais estranho ainda. Ai Deus, me ajuda sobreviver! Foi a única coisa que lembro que pronunciei, pois os meus olhos já estavam pesados demais e então adormeci.

Contrato de Casamento (completo)Where stories live. Discover now