Capítulo 18

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Escuto o meu telefone tocar. Quero dormir só mais um pouquinho. Mas o toque se torna mais forte e eu finalmente desperto do meu pesado sono. Abro os meus olhos e me assusto, não faço ideia de onde estou. Quando olho a escrivaninha em frente a minha cama, me sento e me lembro que não estava em casa e sim na casa do Sr. Watson. Pego o meu telefone vejo a hora. Já eram 6:30 preciso me arrumar para ir trabalhar. Tomo um banho rápido pego as minhas coisas e desço as escadas.

— Bom dia Luisa, levantou cedo. O café já está pronto me avisa Anne.

— Bom dia Anne! Obrigada, mas acho que não vai dar tempo de tomar café, senão vou chegar atrasada.

Já estava indo em direção a porta, quando vejo o Sr Watson descer as escadas usando uma calça e uma blusa social. Ele endurece o rosto quando me ver.

— Bom dia Senhora Watson. Onde pensa que vai?

— Vou trabalhar, respondo sem jeito. Preciso ir senão vou chegar atrasada. Ele agarra o meu braço e me olha desconfiado.

— Você agora é a Senhora Watson e não precisa trabalhar. Tenho muito dinheiro e vou te sustentar.

Consigo me desvencilhar do seu braço. — Eu já disse que não quero o seu dinheiro. Só estou aqui pela minha irmã.  E por favor não me chame de Senhora Watson.

— Luisa não me irrite pela manhã.

Antes mesmo que ele continuasse a falar o interrompi: — Escuta aqui, não me irrite você, estou indo trabalhar não quero ficar trancada dentro desta casa e você não pode me impedir de sair daqui. Não sou sua prisioneira.

— Sim eu posso te impedir. Com apenas um telefonema, eu garanto que não vai conseguir chegar nem no portão.

Congelei com aquelas palavras. Tenho certeza que aquilo era a pura verdade. Respirei fundo e tentei me acalmar. Melhor não discutir com ele Luisa, não vale a pena! Pensei. Então me calo.

— Assim que eu gosto Luisa bem mais calma. Vem vamos tomar café e depois te deixo no trabalho.

Não há muito trânsito e não demoramos muito para chegar a escola. Ficamos em silêncio pelo restante do caminho, até que o silêncio foi interrompido quando ele estacionou o carro e me deu um pequeno envelope.

— Que isso?

— Aí estão um cartão de crédito e a senha para você gastar com o que quiser. Às 17:30 o motorista vem te buscar.

— Não preciso disso. Já disse que não quero o seu dinheiro. E com relação ao motorista posso muito bem ir de transporte público. Inclusive já pesquisei as linhas de ônibus que passam próximas a sua casa.

— Já que fez a condição de trabalhar. A minha condição é esta. Vai vir e voltar com o motorista.

— Repito não preciso disto.

— É melhor assim para que não cometa nenhuma estupidez e tente fugir.

Bufei, revirando os meus olhos. — Eu não vou fugir, te dou minha palavra. Abri a porta do carro e sai em direção a escola. Não queria olhar para trás.

— Luisa. Escuto o meu nome e viro para trás para ver o que ele queria.

— O que?

— Ás 17:30 esteja aqui. O motorista virá te buscar. Ligou o carro e então partiu.

Eu sou uma pessoa extremamente calma, mas aquele homem conseguiu tirar a minha paciência. 

Contrato de Casamento (completo)Where stories live. Discover now