Capítulo 46

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Enquanto caminhava em direção ao hotel, fui observando a Lua. Realmente hoje ela estava linda, apesar da noite estar um pouco fria. Entro no hotel e para esquentar um pouco o meu corpo, resolvo ir para o café do hotel. Logo quando sento em uma das mesas, uma garçonete muito gentil veio me atender.

— Boa noite! O que deseja?

—Um chocolate quente com creme por favor.

—Sim já trago.

Enquanto espero o meu chocolate, observo as pessoas que passam pela recepção. Vejo 2 homens de terno conversando, enquanto um terceiro se aproxima. Oh não, eu conheço esta voz. O que será que ele estava fazendo ali? Tomara que ele não me veja! Tomara que ele não me veja! O homem se virou para se despedir dos outros e foi ali que os nossos olhos se cruzaram. Eu conhecia aqueles olhos mais azuis do que a cor do mar. Mirei por um segundo o seu rosto e ele estava mais bonito do que a última vez que o vi. Os seus cabelos estavam mais curtos e sua barba estava bem feita. Desviei os meus olhos e foquei na mesa à minha frente. Que ele não venha para cá! Que ele não venha para cá!

Tarde de mais! Ele estava caminhando em minha direção.

— Boa noite Luisa! Será que posso me sentar?

— Pode o espaço é para todos. Ele riu da minha resposta malcriada.

— Não sabia que tinha voltado para a cidade.

— Na verdade não voltei! Só estou passando um tempo aqui.

— E o que fez você voltar?

—Estou aqui porque minha mãe morreu e estou dando uma força para minha irmã.

— Sinto muito! Não sabia! Fiquei fora por 2 meses fechando um negócio na China e voltei esta semana. E como você está?

— Estou indo me recuperando da dor da perda.

—Entendo.

Um silêncio pairou sobre nós. Era estranho ficar na frente dele. Tínhamos ficado tanto tempo sem nos ver e nos falar. Das últimas vezes que nos vimos brigamos muito. Eu não conseguia nem olhar para ele, tinha muita raiva e queria que ele ficasse longe. Mas depois do que a minha mãe disse, não queria fugir, nem brigar só queria resolver a situação de uma vez por todas. Aquele silêncio era mortal... estava sendo estranho, bem estranho. Nós não estávamos a vontade com a situação. É como se fossemos estranhos, sentados numa mesa de café. O silêncio foi quebrado por ele.

— Você e sua irmã se entenderam?

—Sim.

—Hum... que bom!

— E porque não está com ela agora?

—Porque queria deixá-la a vontade com o noivo dela.

—Luisa, este talvez não seja o melhor momento para conversarmos, devido a perda da sua mãe, mas... preciso tocar no assunto. Temos que resolver a questão do contrato de casamento. Já se passaram 18 meses e quando for o momento oportuno precisamos conversar sobre ele. —Nossa tinha acontecido tanta coisa que tinha me esquecido do contrato.

—Imagino. Quando podemos nos encontrar para conversar sobre?

—Bom, acho que o quanto antes resolvermos é melhor.

—Sim, concordo. Que tal na quinta-feira, lá no meu escritório?

—Pode ser. Qual o horário que devo procurá-lo?

—Às 18 para mim é o ideal.

—Ok! Preciso levar algum advogado?

—Acho que neste primeiro momento não será necessário. Talvez depois se você precisar.

—Ok!

—Bom Luisa já vou indo. Uma boa noite!

—Boa noite Sr. Watson!

Contrato de Casamento (completo)Where stories live. Discover now