Capítulo 36

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O dia estava radiante, o Sol brilhava intensamente em Los Angeles e aquecia o dia e os corações das crianças. Todos estavam eufóricos com a excursão até o grande aquário da cidade. Levamos cerca de uma hora e meia para chegar. As crianças estavam cheias de expectativas e animadas para conhecer o local. O trajeto foi feito embalado de muitas canções e brincadeiras. As crianças são realmente luz neste mundo. Elas tem o coração tão puro.

—Crianças chegamos por favor façam uma fila aqui. Todos de mãos juntas ok? Não quero ninguém perdido, pelo amor de Deus.

—Tia Lu! Falou Nina puxando o meu braço. Me abaixei para ficar do tamanho dela.

—Diga minha linda!

—Quero fazer xixi!

—Ok, vem vou te levar.

Para dar conta delas fomos eu, Paty e mais 2 professoras. Tínhamos que ficar com os olhos bem atentos, em quase 30 crianças. Deus nos livre se algo acontecesse com alguma delas. As horas se passaram e como um piscar de olhos já tínhamos terminado de visitar o local.

— Crianças por favor entrem no ônibus e sentem-se. Vamos fazer a chamada.

A volta foi bem diferente da ida. Ninguém cantava mais, todos estavam esgotados, inclusive eu.

—Paty meus pés doem. Nossa corri como louca atrás dessas crianças, mas o dia foi sensacional né? Ver a felicidade nestas carinhas não tem preço.

—Verdade Lu. Concordo com você. Já que está cansada, porque você não desce em casa? Não faz sentido ir pra escola e depois voltar.

—E as crianças?

—Tem eu e mais duas professoras. Conseguimos dar conta.

—Tem certeza? Porque acho que vou aceitar.

—Claro.

****

O ônibus me deixou bem próximo de casa, só tive o trabalho de entrar no condomínio e seguir para casa. Como era bom chegar em casa. Peguei as chaves na minha bolsa e abri a porta. Vi uma taça de vinho na ilha da cozinha Harry deve estar em casa. Ouvi o som da tv ligada. Caminhei até a sala e dei de cara com uma cena que nunca vou esquecer. No sofá o meu Harry e a minha querida irmã Sofia se beijando loucamente. Fiquei ali parada por alguns segundos, sem conseguir mover as minhas pernas. Elas tremiam mais do que bambu. O que tremia também era o meu coração. Ele estava em frangalhos e as lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos. Ia começar a correr, quando esbarrei em um vaso da sala e ele caiu no chão e se espatifou. Eles tomaram um susto e olharam em minha direção. Pude ver os olhos assustados dos dois.

—Lu. Eu posso explicar. Levantou a Sofia e veio em minha direção.

— Eu não acredito, que vocês fizeram isto comigo. Gritei

— Não é isso que você está pensando.

—Pensando? Eu vejo você e minha irmã se beijando, eu não estou pensando e sim vendo.

—Mas isto não significou nada, fala para ela Sofia.

—Sim sim, nada!

—Nada! Vocês destroem o que sinto e isso não significa nada.

—Dele tudo bem eu poderia aceitar! Mas de você Sofia minha irmã? Me trair desta forma mais desprezível. Eu que sempre te protegi. Entrei nesta história por você. E o que você faz? Me trai...

—Lu, calma!

—Calma? Vocês me traem e me pedem calma? Vocês dois se merecem mesmo. Agora que descobri podem ficar juntos.

Não sei como as forças das minhas pernas voltaram e aí consegui sair correndo dali. Corri, corri e corri. Consegui chegar a porta do condomínio e peguei um táxi. Estava sem rumo, sem direção. Me senti devastada. Mentalmente eu ia repetindo porque eles fizeram aquilo comigo? O meu telefone não parava de tocar. Ora era Harry e ora era Sofia. As mensagens não paravam de chegar mas naquele momento não tinha coragem de ler nada. O táxi então parou, paguei a corrida e toquei a campainha.

— Lu o que está fazendo aqui?

—Paty! Posso ficar aqui? E comecei a me transbordar em lágrimas.

—Claro amiga, entra! Mas o que houve?

Eu não consegui falar nada, só a abracei e me permiti chorar até me cansar.

Contrato de Casamento (completo)Where stories live. Discover now