Pacífico

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Pacífico. Eu sou pacífico. Tranquilo. Um indivíduo que busca viver em paz, sem estresse. Só tranquilidade. Sem conflitos.

Infelizmente, os pacíficos são a minoria hoje em dia.

Se existissem mais pessoas como eu, o mundo seria bem melhor.

Minha mãe mesmo, Pietra ou Sra. D'Angelo, não é uma pessoa pacífica como eu gostaria que fosse.

- Pietro, filho querido! –Exclama ela ao me acordar e abrir toda a cortina de meu quarto, fazendo meus olhos doerem pela claridade. - Já passou de meio dia, seu horário de levantar. Com isso, poderia ir até o supermercado comprar alguns ingredientes para mamma aqui preparar o almoço?–Mamãe me pergunta com o entusiasmo de sempre, ela é tão diferente de mim. Na verdade, não sei nem o porquê ela pergunta, eu sei que serei obrigado a ir de qualquer forma, mas nunca custa tentar:

- Já é meio dia? Parece que eu não dormi nada mamma, vou dormir só por mais algumas horas e depois eu vou...

- AGORA, PIETRO!

Merda, eu sabia.

- Está bem, está bem...-Levanto-me bocejando, ninguém merece acordar e já ter que fazer algo. Eu queria pelo menos descansar por uma hora antes de ir, mas minha mãe já me entregou os euros e a lista de compras.

Assim, tiro meu pijama e visto qualquer roupa que encontro no armário.

Escovo meus dentes e arrumo meu cabelo, colocando-o para tampar o máximo possível do meu rosto e por fim, ponho meus óculos escuros. Espero que ninguém me reconheça. Não que eu seja famoso, eu só sou antissocial mesmo.

Parar para conversar com algum conhecido só vai me irritar mais. Já basta eu ter acordado cedo hoje, não suportarei outro desaforo dessa vida não.

Assim que eu saio na rua, um vento forte, característico da Europa, tira todo meu cabelo de meu rosto. Agora, estou mais visível para as pessoas. Era só o que me faltava, sente a ironia.

Pelo menos, dificilmente meu óculos escuro falha e faz alguém me notar

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Pelo menos, dificilmente meu óculos escuro falha e faz alguém me notar. Com ele, sou irreconhecível...

- Pietro D'Angelo, você aqui?! –Escuto uma voz fina e eufórica me berrar. -Tudo bem com você amigo? O que está aprontando pelas ruas de nossa tão amada Roma? Coincidência nos encontrarmos, quase não te vejo na rua...

INFERNO, MALDITO DIA. PARA QUE EU FUI ACORDAR HOJE MESMO? OBRIGADO MAMMA POR ISSO, MUITO OBRIGADO.

Faço nota mental de comprar também um chapéu para me ajudar a me disfarçar para nunca, nunca mais ocorrer encontros infelizes assim.

- Hã..O-oi, eu não te conheço. Conheço?-Tento despachar Beatrice, uma garota loira, pálida e dos cabelos cacheados que fala demais da mesma universidade que eu.

- Claro que conhece! Temos aula de literatura juntos na faculdade. Para falar nisso, hoje temos prova do Sr. Ferrari. Você sempre vai bem nas provas, devíamos estudar juntos e...

Misericórdia, estudar junto com essa chata? DEUS ME LIVRE. Tenho que inventar uma desculpa para ir embora logo. Antes que outra pessoa me reconheça.

- Ah, é mesmo. Você é Beatrice, quase que não te reconheço menina... Bom, agora eu tenho que ir.. Eu, bem...

BOOM.

- ISSO FOI UM TIRO? –Grita Beatrice assustada com a mão no coração.

- Foi. Corra, se salve. –Aviso e começo a correr, assim ela corre também. Só que para o outro lado, porque nossas casas são de lados opostos, GRAÇAS A DEUS. ALELUIA.

Esse tiro foi minha salvação.

Eu estou na metade do caminho, o que eu faço? Vou para casa ou para o supermercado?

Resolvo me sentar perto da fonte de minha tão amada cidade, Roma. Sinta o deboche.

Preciso descansar um pouco aqui, não penso direito quando estou agitado.

E É QUANDO, ACONTECE:

Três caras mascarados, de luvas e com pistolas em suas mãos correm atrás de um outro, também armado, que é moreno, cor chocolate.

Vejo um local abandonado perto da fonte e resolvo entrar ali para me esconder e talvez tirar um cochilo enquanto isso. Quem sabe?

Porém, como eu havia dito, realmente hoje não é meu dia. Visando que, os caras entram logo em seguida, no mesmo local que eu e fecham a porta.

BOOM. Outro tiro. Sinto meu corpo ficar arrepiado, pura adrenalina.

Escondo-me debaixo de uma mesa, espero que ninguém me veja, espero que ninguém me veja...

Vejo poças de sangue se formando no chão e escuto também gargalhadas.

- CONSEGUIMOS.

Continua...

Narrador on ~~

Passem para o próximo capítulo que tem mais 1zinho para vcs bebezinhos <333.

Vitale, Irmãos da Máfia (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora