Gostoso

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Gostoso. Existem muitos significados para esse adjetivo, mas no caso a que me refiro, é o adjetivo que usamos para homens que são bonitos e atraentes, os que possuem belas aparências físicas, responsáveis por despertarem desejos sexuais em outras pessoas.

Com certeza, Nicola é gostoso. Tipo, muito.

Na sala de estar, encontro-o somente de calça moletom, sem camisa. Dando-me assim, visão de suas costas musculosas. Quando ele se vira para me olhar, quase molho minha roupa íntima. Ele é quente.

Senhorita Baroni me vestiu em um pijama todo preto, minha cor favorita

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Senhorita Baroni me vestiu em um pijama todo preto, minha cor favorita. A blusa é fina com mangas curtas e tem uma pequena abertura que deixa minhas clavículas à vista, já a calça vai até meus pés, sob medida. Uso pantufas de panda, porque Nicola me chama assim.

- Boa noite, pandinha. –Diz Nico com um sorrisinho ao notar minhas pantufas, puxa a cadeira ao seu lado e aponta para que eu me sente.

- Boa noite. –Digo também com um sorriso, sabia que ele iria gostar das pantufas. - Cadê seus irmãos? –Pergunto ao notar que estamos a sós.

O vejo dar de ombros.

- Giovanni deve estar em suas aulas particulares de administração. Ele é o mais novo e o mais inteligente. –Começa ele. - E Vincenzo, bom, provavelmente em alguma farra. Em alguma balada da cidade ou até mesmo em uma festa privada aqui mesmo na mansão. O mais velho e o mais errado. –Nicola termina dando seus palpites.

Sinceramente? Não fico surpreso, já esperava isso dos seus irmãos.

Agora, o que esperar de Nicola? Eu não faço ideia.

- E você? O que faz normalmente? –Curioso, pergunto.

- Trabalho. Sou obcecado em meu trabalho. –Explica-me ao apontar para a mesa, em direção a seu notebook que está ligado com muitas abas abertas.

- Isso não é saudável. –Repreendo-o.

- Nem dormir o tempo todo. –Rebate sério.

- Verdade. Estamos quites. –Falo sem graça, o que o faz rir.

- Você fazia o quê? Digo, sua mãe não deixava você dormir o dia todo, deixava?-Indaga-me pensativo.

- Infelizmente, ela não me deixava dormir o dia todo mesmo não. Eu fazia literatura na faculdade, porque amo ler. Ler para mim, é como dormir, me sinto em outro mundo. –Comento sonhador, ao lembrar-me das tardes em que passei lendo.

- Providenciarei para você voltar a estudar literatura aqui na mansão. Aliás, temos uma biblioteca no segundo andar, obra de Giovanni. Você vai gostar dela. Tem de tudo.

- Ah não Nicola, estou bem sem fazer nada e...-Começo, mas ele me para.

- Sem resmungar. Sua mãe gostaria que você estudasse.

MERDA. Por que fui abrir a boca? Estava tão bem, sem fazer nada.

- Vem, vamos comer. Espero que goste de pizza, Pietro. –Diz Nico ao me colocar mais uma vez em suas costas e me carregar.

Eu até falaria com ele para parar de me carregar, porque eu sei andar com meus próprios pés, mas eu até que gosto desse conforto.

Ao chegar à cozinha, Nicola me sacode em uma cadeira para que eu desperte do cochilo e enfia pizza de pepperoni na minha boca.

- Abre a boca, vamos. –Pede ao tentar me fazer comer. Assim, abro e mordo um pedaço da maravilhosa massa italiana. A pizza deve ter sido feita pelos deuses, porque nossa, que obra divina.

- Achei que nunca teria um filho, mas com você aqui, é como se eu tivesse um. –Comenta Nicola ao limpar minha boca com um guardanapo e me fazer beber coca-cola em um copo, com canudo reciclável.

- Hey, não me veja como seu filho. –Reclamo na hora.

- Quer que eu te veja como o que então? –Pergunta ao arquear a sobrancelha, um tanto que malicioso.

- Não sei. Só que como parente não. –Minto. No fundo, eu queria que ele me visse mais como veria sua futura esposa.

- Como parente não, certo. –Diz rindo, bobo. É tão melhor vê-lo assim, mais feliz, como se não tivesse problemas. Como se não fosse um dos maiores mafiosos do país.

- Por que está me olhando assim, pandinha? –Para ele de me alimentar, deixando-me assim de boca aberta pois estou com preguiça de fechá-la. Nico quando repara nisso, pega sua mão e levanta meu queixo, para eu fechar a boca.

Nossa. Que mão grande e gostosa.

Ah, é mesmo. Ele me fez uma pergunta.

- Olhando assim como?-Indago-o.

- Diferente. Não sei. –Comenta me analisando.

- Talvez seja porque você me mostrou seu outro lado hoje. –Solto.

- Que outro lado? –Interroga-me.

- O lado que não é sempre sério e rígido, o lado que é bom e também gentil. –Confesso ao olhar em seus olhos sonhadoramente. Fato esse, que o faz me dar um lindo sorriso. Que homem.

Nicola não é tão mau como pensei que fosse, igual quando eu o conheci, que ele disse que iria me matar friamente. Ele até que é bem legal.

Na hora de dormir, Nico me leva em seu ombro para o banheiro e escovamos nossos dentes.

Já na cama, faz uma divisão com travesseiros que me deixa curioso.

- Para respeitar você. –Explica-me.

Assim, resolvo tirá-los.

- Eu confio em você, não precisa disso.

Ele fica satisfeito com isso e joga assim, os travesseiros no chão.

Por fim, se deita de lado, de frente para mim, me observa atentamente com seus intensos olhos azuis e antes de fechar os olhos, diz:

- Boa noite, pandinha.

Continua...

Deixem seu votinho :3.

Narrador on ~~

Esse capítulo foi curto demais para meu gosto, então, postarei mais um. Só não se acostumem com isso. Haha. Amo vocês <3;

Vitale, Irmãos da Máfia (Romance Gay)Kde žijí příběhy. Začni objevovat